FLUTUAÇÃO FINA

Os donos do Regime insurgem-se contra a ténue revisão do Regime. Sintomático. Passos Coelho poderia consagrar mais tempo a questionar o motivo por que, com tal pressão fiscal sobre o pescoço dos contribuintes, o Estado não dá quaisquer sinais de abrandar os vícios e o saque, baixando a Despesa. A fuga a este problema espelha-se na perífrase constitucional com que toda a gente perora, flutuação fina para longe dos factos e da verdade que nos condenam. Não tenho quaisquer problemas em propor a total dissolução da República, tal como a temos e a vemos, com os seus torpes actores e medíocres agentes, já que nos trouxe ao desastre e o aprofundará nos próximos meses, já que os seus representantes se mostram incapazes da urgente impopularidade-da-verdade perante os Cidadãos. Em vez de nos dissolvermos na Espanha monárquica, hegemónica e unionista, conforme o desiderato paradoxal socialista-maçónico nacional, ou desaparecermos na Europa (estalinista na forma e imperial no processo construtivo), necessitamos de um regresso à estabilidade de uma República presidida por um Rei. Coisa simples e simbolicamente poderosa. Quanto mais tempo demorarmos a perceber essa necessidade fisiológica de preservação/afirmação nacional, pior. 

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