POBRE PAÍS DOS GNOMOS
Renato, tu és um moço sensato e inteligente com quem habitualmente partilho muitos pontos de vista e até exulto perante o teu desassombro. Neste caso, considero que não acertas e se calhar manejas um preconceito contra quem desconfia absolutamente do PM muito semelhante à desconfiança preconceituosa de esses seus detractores entre os quais me incluo: se os norte-americanos tiveram um Nixon, por que diabo não haveríamos de ter um também?! As notícias dadas a medo sobre o sr. Sócrates nem se comparam com o currículo do espécimen, que muitos conheceram de perto e naturalmente execram. Tenho muita pena da parte humana do sr. Sócrates, sempre sob suspeita e sob ataques de toda a natureza, sobretudo de blogues obcecados confrontados com factos arquivados por sistema. Não posso ter pena nenhuma do político sem escrúpulos, nada fiável e enganador, hábil e preso ao Poder como uma ventosa a um vidro húmido. Não há fumo sem fogo e não nos serve uma Justiça que poupa ardilosamente todos os isaltinos, valentins e sócrates, mas é implacável com a arraia delituosa comum. Imagem, meu caro, tudo isto é uma questão de imagem: Imagem do país, Imagem do espécimen, Imagem disto que mal parece Portugal pois mais se parece com o verdadeiro país dos gnomos e de quem escreve gnomonianamente, baixando as calças em se tratando do Poderzinho.
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Também considero que se certos figurões fossem expostos, na real dimensão dos seus lixos, o País implodiria e a imagem de Portugal ficaria seriamente comprometida externamente. Entre perdas e ganhos, perderíamos mais talvez e esse é um excelente elemento de chantagem sobre a "Justiça" que temos.
Quanto a convicções, já conheces a que formulei: nada mais tóxico e mais ávido que a clique em torno do socratismo e o próprio espécimen antes de tudo. Infelizmente, convenceram-nos que with or without ir we can't live. E isso é falso.
imagina que não alterávamos significativamente as políticas, mas tínhamos um líder sério, fiável, exemplar e abnegado e em torno dele gente na mesma linha de serviço, capacidade de decisão a partir da sensibilidade a perspectivas numa óptica multilateral, multidisciplinar e indiscutivelmente federadora: faria toda a diferença. Ao invés, temos a sofreguidão vampiresca e o controlo do aparelho de Estado por parte de estes pseuso-"socialistas". Abraço Grande.