ACREDITAR, DISSE ELE?

«Aquilo em que muitos portugueses não acreditam não é em Portugal (se bem que seria preciso que alguém explicasse o que é isso de acreditar num país – sobretudo num país que, historicamente, dá mostras de não saber governar-se). O que muitos portugueses já não conseguem acreditar é num Governo que, nos tempos que correm e depois da novela política dos PEC, não consegue estancar a despesa do Estado, alimenta o crescimento da dívida pública à média de 2,5 milhões de Euros por hora e que compra 2500 carros novos. Num governo que mantém mais de 600 fundações, alimentadas directamente pelo Orçamento. O que muitos portugueses já não acreditam é numa meta de 7,3% do deficite público para 2010, quando têm como Ministro das Finanças alguém que, no ano transacto, se “enganou” 5 vezes na previsão e execução orçamentais, entrando, provavelmente, para o “Guiness” por ter tido necessidade de rectificar o Orçamento, outras tantas vezes. Coisa bizarra de incapacidade de previsão, mesmo descontando o facto de ter sido um ano de eleições! O que começa a ser difícil de acreditar é que as coisas possam mudar rapidamente quando o próprio Presidente da República canta a cantiga da necessidade de se viabilizar, a todo o custo, o Orçamento 2011 – Orçamento esse que será preparado e apresentado pelo mesmo Governo e pelo mesmo Ministro das Finanças que faz do “engano” um estado de governação.»

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