PELAS GRANDES OBRAS PÚBLICAS
Há que dizê-lo com frontalidade: quanto receberam por abaixo-assinado esses que há um ano, antes das últimas legislativas imorais e fraudulentas, exigiam grandes obras públicas e causticavam "a velha" e o discurso da "velha"? O descalabro presente não lhes contunde a consciência? E a asfixia económica que vivemos não lhes pesa? E a secura da Banca nacional, que dá sinais de estertor, não lhes recorda nada, alguma responsabilidade? Por que treme, por que se assusta Mário Soares, aflito com a necessidade de cortes e dando nisso, à redução vaga, sempre vaga, da Despesa, razão a Passos Coelho, se a não pôde ou não quis dar a MFL, preferindo colar-se ciosamente ao Pantomineiro Supremo, na campanha para isto? Não borrará Passos a cara de esterco se se vir obrigado a adoptar só agora, ipsis verbis, o discurso pré-eleitoral de MFL?! Agora que tudo colapsa, e colapsa de modo feio porque não mais é possível esconder a mais deslavada incapacidade, agora que não há dinheiro absolutamente nenhum para vícios e a tendência é ir buscar ao resto do País as migalhas europeias que, de direito, lhe fariam falta, apenas para que Lisboa cumpra com o mínimo dos seus viciosos e adúlteros compromissos, está na hora de encher a prisão com essa nata de mentirosos que soterraram Portugal a cada manifesto da treta, a cada abaixo-assinado de encher. Faz por estes dias um ano. Inglorious bastards!
Comments
«al paredon»
diria o meu pacífico compadre José, de etnia cigana «hay mierda!».
entrava pela porta da frente. havia familiares que só cumprimentava em andamento
Mas também, se todos fossemos pessimistas (realistas) o que seria deste mundo?
Manuel de Lucena escrevia há tempos a outros propósitos que “não é ditador quem quer”. Efectivamente ! Lendo isto, a todos ocorre que só os mansos os permitem. Mas há outra hipótese. A de que a mediocridade precisa de ditadores, e nesse caso não os tolera, cultiva-os, pois são eles quem lhes dá o álibi perfeito para a sua pessoalíssima incompetência. O comodismo pequeno-burguês instalado nos corredores consumistas, usa os “ditadores de serviço” como quem usa “contra-medidas” para desviar dos excelentíssimos cus o fogo amigo. Em cenário de guerra, a infantaria na frente de combate usava pedir aos deuses que os livrassem da sua própria artilharia que do inimigo livravam-se eles ! Hoje não precisavam. Bastava-lhes pedir de emprestimo um sócrates qualquer para servir de escudo anti-missil!
:)
Abraço, ò artilheiro-mor !