CORÃO E COIRÕES
Talvez o mau gosto disfarçado de ironia do João Pereira Coutinho me ande a fazer mal às vísceras, influenciando-me. Por vezes, perante a propaganda negativa associada à mortandade entre radicais islâmicos (diariamente dezenas de xiitas assassinados por sunitas explosivos e vice-versa, paquistaneses, afegãos, rapto de ocidentais, morte ao ocidental, degolações arbitrárias), ao contrário do que muitos pensam, talvez o mundo tenha extrema necessidade de uma qualquer estupidez equivalente devidamente afrontadora e nada mais que simbólica: há gente sempre à espera de um pretexto para ficar zangada. Os defensores do Corão que se façam respeitar já que os que o brandem não estão com meias medidas: matar o infiel sobreleva a propalada compaixão. Doidos e coirões há muitos. Se se queimarem 200 exemplares do Corão no próximo dia 11 de Setembro, Terry Jones coloca-se à mercê daquela morte "herética" que nunca falha, embora possa tardar, e a América dá uma lição ao mundo do radicalismo equivalente de que é capaz. Quanto à Europa, acuada por uma colonização islâmica agressiva, segue desenxabida perante a emergência de verdadeiros e deliberados enclaves islâmicos, num projecto qualquer de suplantação demográfica, dentro dos vários Estados "soberanos" europeus. Barack Obama fala da possibilidade de a queima desencadear uma espiral de violência. Com queima ou sem queima, nós sabemos de quem é que ele está a falar.
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