O DESPACHO QUE RESUME
O que seguidamente explica Manuel Queiroz condensa uma forma de estar, como País mas sobretudo como governação: basicamente tesos, à espera do cataclismo final que o liberte da prisão ou do martírio de si mesmo ou faça as coisas acontecerem com um pouco de jeitinho e de trapaça. Um despacho a marinar quatro meses. Nunca será de mais o esforço por que o FMI venha depressa colocar travões a desmandos, à grande treta em decurso: «O despacho de anulação de um pequeno concurso do TGV para a parte entre Lisboa e o Poceirão foi anunciado em Maio, mas só foi feito em Setembro — apenas uma décalage de quatro meses — porque depois de se anunciar teve de se ir ver se se podia fazer sem pagar uma indemnização aos espanhóis que tinham ganho o concurso.» Ao que se sabe, naturalmente os espanhóis não se vão ficar.
Comments
«olho por olho,
dente por dente»