BRASIL DO BEM-AMADO ARTUR AGOSTINHO

Foi em conversa amena, desde o Brasil profundo [interior de Pernambuco], que ao nome evocado de Artur Agostinho me comovi. Era 2007. O meu interlocutor, quase na casa dos setenta, brasileiro de velha cepa, falava dele, recordando-o, com um carinho enorme certamente das memórias da rádio, da televisão, das reportagens cá e lá porque houve uma fase de lá, aliás evocada na imagem que escolhi, e muitíssimo marcante para o Artur. Fiquei orgulhoso e a pensar no que também em mim ressoava do carisma inigualável de esse homem de afectuosidade perene, enorme simpatia, lúcido humanismo nunca manchado. Foi grande. Foi e será sempre um bem-amado de Portugal e do Brasil. 

Comments

Dylan said…
A voz que atravessou gerações, o homem dos sete ofícios, o verdadeiro desportista, competente, da paixão pelo arrebatador Sporting dos "cinco violinos". A suprema ironia: o comunicador nato incomunicável numa cela de Caxias, preso pelos revolucionários que cuspiram nos ideais de Abril a troco da imposição da sua democracia. Fazendo jus ao nome, o Artur, corajoso e autoconfiante, começou uma nova vida aos 50 anos no país irmão, porque o nosso, maldizente, fechou-lhe as portas. Voltaste, rejuvenescido e aclamado até chegar o descanso, nobre Leão, com a certeza e a consciência de que nunca te arrependeste de nada na tua exemplar vida.

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