CONDENO E CONDENO

É preciso condenar quaisquer gestos de violência gratuita sobre pessoas e bens relativos aos clubes rivais Benfica e FC Porto. Eu condeno. Rui Gomes da Silva condena. Todos condenamos que os discursos de Luís Filipe Vieira e de Pinto da Costa se assemelhem muitas vezes aos de Kadhafi, irredutíveis e incendiários, com os resultados que estão à vista. Ajudaria que o Benfica institucional ou oficial se mostrasse menos imperialista e absoluto e que o FC Porto se apresentasse menos de reduto, menos vítima do centralismo, embora evidentemente o centralismo seja fonte de respostas desportivas fortes e de uma enorme superação, tipo «Subestimem-nos e verão!». Tudo é dinheiro. Qualquer evento insólito vende jornais. Mas o Benfica vende mais jornais que todos os outros clubes juntos. Vítima, vitorioso ou derrotado, nada se compara ao Benfica quando se trata de capitalizar qualquer pretexto a seu favor. Daí o meu apelo aos delinquentes das pedras e das bolas de golf: parem de vitimar o Benfica para que o Benfica não se vitimize ainda mais e os jornais o elevem à imaculada santidade dos mártires!

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