PSD: UM DIA NO NABAL
«Não tinham ainda passado 12 horas sobre a demissão de Sócrates para a tradicional nabice comunicacional do PSD se revelar no seu esplendor. Logo de manhã, na TSF, já se falava que, aproveitando umas declarações atabalhoadas de Miguel Relvas, o PSD ia “subir os impostos”. E lá vinha Santos Silva em dose cavalar na sempre benevolente rádio socialista. Só à noite vi os telejornais dos canais por cabo e já estava estabelecido que os juros da nossa dívida tinham batido recordes devido à demissão do Governo. Ninguém, claro, referia, que já andavam a bater recordes há não sei quantos meses precisamente porque este Governo estava funções. Ninguém pensou que, se calhar, “os mercados” terão ficado mais preocupados por se descobrir que afinal o défice de 2010 tinha ultrapassado os 8% e, na verdade, ninguém perceber qual é a nossa real situação financeira. A Fitch cortou dois níveis no nosso ranking, e os nossos jornalistas relacionaram logo com a queda do Governo, mas uma outra agência cortou também dois níveis ainda antes do anúncio do PEC 4… Ninguém deu valor ao facto da Bolsa portuguesa ter subido bem mais do que 1%, sem qualquer “pânico” provocado pela partida dos nossos sábios governantes. [...] Que, 24 horas depois da demissão de Sócrates, os socialistas já construíram uma narrativa para se livrarem de culpas do estado desastroso a que conduziram o país, enquanto o PSD tem que responder, na defensiva, porque quer aumentar os impostos, como se fosse o verdadeiro responsável pelo descalabro?» Duarte Calvão
Comments
e deixar as pensões a render votos
é uma receita socratista e cavaquista
durante anos deu-se corda aos aposentados da burrocracia
agora aguentem-se