ESCORREGADIO

Sente-se no ar que o fim de um ciclo está próximo. O que havia para torcer e brutalizar na democracia portuguesa foi torcido e brutalizado pelo socratismo-socialismo: a paciência e a boa fé gerais foram levadas ao extremo do extremo. Agora é preciso refrigerar o ambiente, libertar-lhe a pressão. O poder desliza, escorrega, para fora de mãos que o usaram de forma desmesurada, iníqua, auto-suficiente, como coisa sua e para si, não para nós. Havia outro modo. Sempre houve outro modo de estar e de fazer. Não tardará a ser reencontrado de maneira a que todos participem, construam, enriqueçam o destino comum e matem de uma vez o messianismo negro e maligno que alguém usurpou para si abusivamente. Já basta!  

Comments

Anonymous said…
Depois de tanto Carnaval já estamos na Quaresma, a festa acabou portanto. Vamos ter uma longa quaresma até podermos chegar à festa da Páscoa. Sobretudo este segundo governo Sócrates tem sido um horror, gastos disparatados no meio de dificuldades financeiras enormes, obstrução continuada à informação sobre a situação económica, cortes inadmissíveis nos salários, em vez de nos institutos, consultorias, grandes obras, governos civis, etc. e, para cúmulo, a má educação com o PR em cerimónia protocolar e os compromissos na CE para que não tinha aval - é mesmo de mais.
Anonymous said…
Estão a tratar o povo como um bando de estúpidos. E se a direita não obtiver maioria absoluta? Como será a vida do povo? À rasca em meio a crise? Pior do que hoje? Esquecem-se da militância dos partidos de esquerda? Desprezam a capacidade de aglutinação dos socialistas? Estará o BE disposto a assinar cheque em branco à direita? E ainda que ganhem com maioria no parlamento, como implementarão as políticas neo-liberais e privatistas que tanto defendem? Como poderão gerar empregos, desempregando na saúde, na educação, nos transportes públicos e nas universidades e centros de excelência, sem novos postos de trabalho nas empresas sediadas em Portugal, em meio a crise económica mundial? Muita gente, assim pondera. E, por isso, podem ter surpresas.
francisco said…
Não é líquido que o PSD ganhe. Há muita gente com receio do trabalho que tem de ser feito. A maioria dos eleitores preferem a incerteza do vigarista que diz que isto vai melhorar rapidamente, à certeza do honesto que diz que não é possível fazer milagres e que a arrumação da casa vai doer a muitos (aos mesmos de sempre).
Partilho a opinião do segundo anónimo. Não é liquido que a situação política melhore e, como tal, é pouco provável que a situação económica também melhore.
floribundus said…
sapatilhas escorrega na bosta

vem aí a sopa dos pobres
Anonymous said…
Não gosto do Sócrates. Mas não será demais atribuir o actual estado de coisas em Portugal apenas a um homem? Seria ele sozinho capaz de tamanho fracasso? Ou não haverá razões (bem) mais profundas e recuadas para o actual estado de coisas? Afinal Portugal foi sempre um país super produtivo, organizado e orientado e foi suficiente um Sócrates para o transformou no caos que é hoje em dia? Não me parece. Para melhorar ou simplesmente para sobreviver, o mea culpa terá que ser geral, e digo do povo todo, de todos os que têm ou ambicionam ou ambicionariam ter uma cunhazinha, um tachinho, um favorzinho, um jeitozinho, um lugarzinho e por ai fora. Enquanto não mudarem as mentalidades, haverá terreno fértil para outros Sócrates depois deste.
Virginia

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