CAUSAS DE UMA NADA FUNÉREA DEMISSÃO

«1. Perda de apoio financeiro do Banco Central Europeu (BCE) na sustentação artificial da taxa de juro da dívida do Estado No rescaldo do episódio do compromisso do Governo português com a União Europeia, à revelia da Assembleia e do Presidente da República, sobre o quarto (ou quinto...) Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), tomado firme pelas instituições da União Europeia, Sócrates deve ter percebido, pelos seus contactos internacionais que a paciência da União e dos líderes europeus para consigo tinha terminado. Com o esgotamento da paciência pelos compromissos falsos, de um Governo que não podia cumprir o que prometera aos parceiros europeus, também acabava a sustentação artificial, que a Comissão e o Conselho recomendavam, da taxa de juro das obrigações do Estado português, mantidas artificialmente pelo BCE através de intervenções maciças nos mercados. Sócrates decide, em 15-3-2011, levar o PEC imediatamente ao Parlamento, quando podia adiar essa apresentação para o mês de Abril; durante essa semana hesita, mas após uma intervenção falhada do BCE, em 18-3-2011, para descer decisivamente a taxa de juro das obrigações do Estado português, conclui que o PEC tem de ser apresentado imediatamente no Parlamento (23-3-2011) e forçar a demissão do Governo. A taxa de juro das obrigações do Estado português a cinco anos subiram a 8,20% ontem, 23-3-2011, ainda antes da apresentação do PEC no Parlamento.» ABC

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