ALEGRE OU CAVACO? VOTAR É NOBRE!

O debate aberto ontem, pelas 20h30m, entre Cavaco e Alegre não me suscitou particular interesse. Sabia que, pelo Twitter, acompanharia o que tivesse de acompanhar, tendo a RTP1 vagamente como ruído de fundo. Mais tarde, faria uma revisitação à coisa, muito por alto, através da SIC-N. Pois bem, o re-candidato reelegível Cavaco mostra-se infinitamente profissional nestas coisas, fundamenta-se muito bem: a gestão governamental do dossiê BPN tem sido displicente, inepta e arrastada na proporção da abundância de casos a envolver o Primadonna. Nada como ter a podridão do BPN por arma de enlamear e conspurcar o PSD/Cavaco em retaliação pela longa lista de nojos socratinos foçados pela imprensa. Cavaco parece determinadíssimo em reeleger-se: fresco como uma alface, remoçado, remete os oponentes para as suas imensas páginas na Internet. Sigh! Zero. Alegre há muito que se neutralizou até ao limite do inofensivo. Zero. Um e outro sob esta exposição proporcionada pela disputa presidencial estarão sempre em perda porque um e outro calaram de mais ou imobilizaram-se de mais perante a péssima Governação na execução orçamental, impotente a federar os cidadãos, daninha porque sem frugalidade e auto-exigência no exercício de funções. Havia uma marcação cerrada a fazer a um Governo que não deu o exemplo, não apontou uma linha de rumo sério de saída para a Crise, dada a sofreguidão exclusiva pela manutenção do Poder a todo o transe e a trabalheira na sufocação manhosa dos negros casos do PM, Face Oculta incluída. O País perde com um pessoal político demasiado mesquinho, dedicado à fachada e a si mesmo, ultramentiroso, com um olho cavo nas sondagens e outro, o do cu, ocupado nos largos lixos deixados para trás. Votar massivamente em Nobre será a nossa última oportunidade cívica para higienizar a vida pública nacional para além do velho e rançoso sistema corporizado por Alegre e por Cavaco, faces da mesma indiscutível má moeda. Votar é Nobre!

Comments

Tiago said…
Sinceramente Nobre foi a grande desilusão dos debates. Conhecia o seu percurso de vida, mas a forma como interveio desiludiu-me muito e por várias razões. Primeiro por enbarcar na crítica aos "políticos", pondo todas as forças no mesmo saco. Ele que até já apoio PS, PSD e BE em diferentes momentos. Logo não tem autoridade para fazer essa crítica. Coloca em causa o sistema democrático e apenas protege o arco do poder (PS, PSD, CDS-PP). Segundo a sua vaidade é algo assustador. Colocar a questão em "eu conheço a pobreza porque estive na Somália" é um falta de respeito a todos os portugues que vivem na miséria. Terceiro não tem propostas capazes, porque referiu várias nos debates que são inscontitucionais e lamentavelmente diz o dito por e depois de dizer que o orçamento era "inevitável", depois já se insurge contra ele. Não gostei particularmente da forma vaidosa e sobranceira como fala da cidadania, quando não conhece o percurso de vida de muitas pessoas que aderiram a partidos políticos precisamente como forma de complementar a suas actividades para a sociedade com a intervenção nos orgãos democráticos. Uma pobreza de discurso, que apenas revela quem o suporta, Soares e companhia, responsáveis directos pelo estado em que o país se encontra.

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