ULTRAJE INTERMITENTE
Virgens de última hora vêm agora rasgar as vestes apenas porque o El País divulgou telegramas que confirmam que o Governo português dera "luz verde" à passagem de prisioneiros que saíam da base de Guantánamo? O Governo mente descaradamente, dizem. What else is new?! Aprendam a viver com isso e rasguem mais vezes mais vestes com coisas realmente graves e dignas de ultraje num Povo ultrajado. Elas não faltam.
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Por cá, a esquerda lunática e ociosa vibrou, indignada - e exige explicações. Mas Portugal é pequeno e está infestado de nano-intelectos. De sócrates, de Cavaco, de Amado, do BCP-Iran-Gate, enfim da nossa pobre rotina chinelenta e doméstica, só apareceram 'revelações' já conhecidas, ou bovinamente suspeitadas, e que os meninos da Crinabel dominam com mais mestria do que os pivots da RTP: novidades zero. Mas Louçã, Alegre, Kim-Il-Bernardino e o ambíguo Ana-Gomes romperam em gritaria, clamando por tribunais revolucionários e populares. As cândidas da PGR avaliam gravemente a hipóteses de 'investigar': Pinto Monteiro mastiga desculpas cobardes e frases imperceptíveis, Morgado quer mais papel para fotocópias; e Almeida - de semblante barrado e envergando roupa imprópria de um magistrado - fala em inquéritos. Ana Gomes - de queixo picado por uma vaga barba - está no seu meio natural: entraga-se a delírios. Pobres pulgas irrelevantes. No dia-a-dia luso, salpicado de misérias e mediocridades, todo este Chari-Vari não mudou um átomo; e teve um impacto paupérrimo quando comparado com a hora das gajas da Casa-dos-Segredos tomarem banho e secarem o cabelo. Um não-assunto.
Ass.: Besta Imunda
desta escumalha dos xuxas
conduziu o rectângulo a miséria