FAFE E OS OVOS, A JUSTIÇA
Não sabemos se Maria de Lurdes Rodrigues escapou ou não
aos ovos de Fafe e não podemos afiançar que José Ribeiro,
que apanhou com eles, seja omnisciente,
mas o que este incidente (natural? lamentável?) representa
é mais uma etapa espontânea na contestação genérica e difusa que grassa.
lkj
Eu pergunto-me como é possível que os comentadores mais grunhos,
e que de todo se apiedam da ministra e dos seus métodos manobristas
e autocráticos, não se dêem ao trabalho para verificar em que outro país do mundo
algum outro ministério da Educação se tem destacado
por hostilizar de uma forma prolongada e deliberada um grupo profissional!
Em que país normal e democrático do mundo perde o poder eleito tempo
para estigmatizar, denegrir, oprimir e perseguir um grupo profissional?!
lkj
Acredito que a Educação e o Ensino servem para modelar um homem tecnicamente hábil
com as mãos e com os dedos, bem apetrechado cognitivamente, culto nos factos
e no seu relacionamento criativo, socialmente consciente, crítico e participativo,
mas revestido dos valores, das capacidades humanas para agir com amplo sentido ético.
lkj
O actual Ministério da Educação, pelo contrário, pensa em submeter à escravidão dos índices
a classe docente, em chantagear e esmagar para e pelos índices a classe docente,
sopeando-a de burocracia e de pró-forma, quer dentro, quer fora da sala de aula.
Quanto ao ser humano daí resultante? Um diplomado instantâneo oco e unidimensional
para quem os professores não fizeram nem deixaram de fazer qualquer diferença.
Comments
Um abraço com pedras na mão
Compadre Alentejano
para estigmatizar, denegrir, oprimir e perseguir um grupo profissional?!"
Sim, em que país?
P.C. - Conforme o combinado, iniciei, depois da defesa dos profs, o "Ataque contra o TGV".
Abraços.
Quanto a Alegre e a esses putos e moças de Fafe, algumas delas a sentir virginalmente [talvez pela primeira e pela última vez nas vidas] o cacete retaliatório das polícias, têm mais tomates que dois Cavacos Escondidos [parafraseando a adorável expressão dos Meninos Gigantes de Fátima] e outros agentes políticos e comentadores com obediência, medo e escondimento a mais para serem gente.
A coisa degrada-se porque o Poder político não tem vergonha de ser só poder, ignorando que são titulares provisórios e estão ao nosso serviço e que nos devem contas a nós, por muito que o esqueçam enquanto nos fodem e refodem de fisco abusivo e sem vergonha, de obras megalómanas, e planeiam privatizações anacrónicas ao serviço dos cortes à toa e do desemprego por grosso.
Aí está a maneira de relançar a sua carreira