PATÉTICA QUARENTENA DEMOCRÁTICA
A vida portuguesa nunca será a mesma depois da aparição ao país e ao mundo,
em todo o seu esplendor, do deputado pateta madeirense José Manuel Coelho,
e do não menos pateta requerimento da “imediata suspensão”
de esse deputado do PND, agora revogado pela Assembleia Legislativa da Madeira
por unanimidade e aclamação. Dá vontade de propor cursos de reciclagem democrática
a uns e de actividades circenses ao primeiro. Aparentemente os dispositivos discretos
do PR fizeram efeito, mas eu tenho para mim que as ridicularias parlamentares regionais
ficam antes a marinar nos Media e na Bloga até ficarem saturados de reprovação geral
e só então é que os visados e observados agentes do destempero
se decidem a compor e a emendar a mão, a língua e a letra regimental.
Pois então a quarentena democrática chegou ao fim.
lkj
Enfim, o cenário é velho: na Madeira, o PSD de Jardim é o Polvo
que esgana tudo em derredor com a sua hegemonia e o seu controlo da realidade local,
mas que também faz, resolve, com mérito e ataca com mérito os abusos do poder continental.
No Continente, o PS de Sócrates é o Polvo que esgana de controlo esmagador
os Media, que tudo condiciona e oprime de opinião e pensamento únicos,
que acagaça tudo e todos com a sua omnisciência resoluta e iluminada,
provando isto que, em relação ao poder, e salvo uma ou duas excepções,
os portugueses são visceralmente amarelos, constitutivamente medrosos,
geneticamente covardes, interesseiros e oportunistas ante um poder com laivos de tirania.
lkj
Com Salazar foram covardes e acomodados ao longo de quarenta anos,
enroscados no guarda-chuva protector da tirania que os isentava de pensar e de participar.
Com o Marquês de Pombal, primeiro-ministro do Reino de 1750 a 1777,
foram de igual modo acomodados e covardes ante excessos.
lkj
E agora de novo, vivemos em plena quarentena democrática só invisível a distraídos
e a encartados bajuladores, mas que é preciso ver, sentir na pele,
analisar e ler para crer e depois combater.
Comments
Em todo o caso não deixa de ser um anormal, com fracos recursos de expressão, e pouco respeito pelas pessoas que representa.