O ETERNO RETORNO NACIONAL
As reformas estruturais sofrem e sofrerão resistências que as inviabilizam
ou parcializam devido ao adiantado estado de decomposição
do sistema político e social português, ambos em processo de entropia,
inexemplares e desrespeitosos para com os cidadãos;
nada tem consistência em Portugal
e nada acontece de consequente, coeso e construtivo
a todos os níveis da nossa vida comum
devido à imoralidade e decadência
do sistema político e social português, hermético, exclusivista, controleiro, ditador,
conservador [dos seus interesses e estatuto] nas classes tradicionais e mais altas,
à sua falta de sentido ético, à sua falta de visão de conjunto nacional,
e de um espírito de serviço público puro, íntegro, não de lucro e de ganho,
não de viagens tropicais grátis à pala das autarquias, à custa do erário, luxos à fartazana,
situação que toda ela pode condensar-se numa breve lista de actores
e respectivos pressupostos que consequentemente tendem a não ser satisfeitos
jamais
e de modo nenhum, para triste prejuízo nosso, morigeração geral,
e ressurreição de um antigo e já extinto sentimento de pudor, de vergonha e de honra:
lkj
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Constâncio não se demite,
Sócrates não se demite,
MFL não se demite,
Lurdes Rodrigues não se demite,
Lino não se demite,
Pinho não se demite,
Sebastião não se demite,
Carlos Queiroz não se demite,
Pinto Ribeiro da Cultura não se demite,
Marçal Grilo da Gulbenkian não se demite,
Luís Filipe Vieira não se demite,
Jorge Coelho claro que não se demite,
Armando Vara claro que não se demite,
Palhaços dóceis-ao-mando da ERC não se demitem,
[...]
lkj
A partir daqui, acrescentarei todas as sugestões
que os amáveis leitores me fizerem chegar e que, com naturalidade,
façam suficiente sentido ao senso comum e ao presente sentido de esgotamento
da nossa paciência comum neste desejo premente de uma acção qualquer que impenda
finalmente sobre as cabeças corporativas de estes deslustrosos representantes
de um estado de coisas particularmente nauseabundo nacional.
Comments
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Abraço
Ao ler esta contundente e bem servida posta recordei uma outra sobre a dação de casas na capital que comentei, e onde o meu caro amigo utilizou o termo "liliputianês" politico-portuguesa tendo eu acrescentado tratar-se de "liliputice".
Malogradamente vimos constantemente dar ao mesmo. Chegamos sempre à estrumeira que abafa o panorama político nacional e cujos efeitos nos enoja.
É, efectivamente, exasperante assistir, contafeito e impotente, à trama política que nos trama a vida.
Um abraço.