O DIVINO CARVALHAS


A análise de Carlos Carvalhas é de uma pertinência cristalina.
Houve um tempo em que tudo o que o PCP tinha a dizer era cassete
e era o credo dogmático de uma forma de mentira enquistada e já desfasada da realidade.
Era um partido-fóssil, moribundo e em processo de desaparecimento representativo.
lkj
Agora, porém, é o PCP, um partido-fóssil vivo, que se mostra vital para fazer justiça
a um povo esbulhado na sua dignidade de vida, condenado a tudo pagar,
esbulhado nos seus mínimos de bem-estar em nome não se percebe
de que lucro imoral transformado depois em lixo e em nada,
como se viu em Wall St., com as aritméticas suicidárias das bolsas ali vinculadas,
é um partido imprescindível a manifestar uma linha de leitura
e de crítica da realidade global e nacional
francamente indesmentível.
lkj
Ao passo que hoje a área da mentira, da imoralidade dogmatista
neoliberalóide é precisamente aquela onde se posicionou o PS,
com as suas políticas atabalhoadas e em contra-ciclo,
ocupando a área da manipulação dos factos, dos números, dos Media,
o partido do primado das propagandas, do sem-sentido das políticas desumanas,
da despudorada clivagem entre os factos da economia e a situação das pessoas.
lkj
Clientelas políticas pagas imoralmente como em mais nenhum país da Europa
ou mesmo nos Estados Unidos, grupos económicos levados ao colo,
casinos bancários para onde se atiraram fundos da SS, promiscuidades económicas
de todo o género, é aí que se inscreve e se situa o cerne
da presente forma de Governar em Portugal, viciada, descolada da Gente.
lkj
Dizê-lo pode ser irritante para adeptos do PS, se forem aselhas,
asininos paus-mandados, mas é sem dúvida urgente para adeptos de Portugal.
É curioso observar, num momento em que vai caindo o véu
de esta forma de exercer o poder, o rosto e a palavra amortecidos
dos bajuladores-Júdice de um Governo assim austero e oprimente
com quem não pode e todo favores e liberalidades
com quem sempre teve e sempre terá.

Comments

antonio ganhão said…
O PS e a inexistência prática do PSD, somadas à desilusão do Bloco, viabilizam o PCP.

A sua cristalização inclui valores que importa fazer renascer.
-Nestas alturas há que evocar a memória das vítimas do comunismo.
Tiago R Cardoso said…
Olha lá camarada, tomara ai muitos serem tão cristalinos como o PCP, são assim, não mudam e toda a gente sabe para o que veem e para onde vão.

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