O PRESERVATIVO ELECTRÓNICO
Compreende-se o sentido de humor de O Jumento quando, finalmente,
pega no tema batido e rebatido do Magalhães para lhe dar um toque retórico pessoal.
Entre chamar-lhe de tudo e associar-lhe tudo para gerar o riso,
falhou a associação irónica daquele portátil ao Viagra Electrónico.
Trata-se, antes, de um Preservativo Electrónico e uma arma de enleio propagandístico.
A democratização escolar da info-tecnologia perpetrada pelo Executivo
segue paralela ao desvirtuamento e subversão da energia básica
que faz a diferença em quem trabalha numa escola: acreditar na relevância
profunda e indelével do seu trabalho. Democratizar o Magalhães
não esconde que paralelamente se automatiza e democratiza o diploma
à custa do verdadeiro mérito e do saber autênticos?!
lkj
Com o Magalhães, o plágio fácil e a tarefa superficial também passarão
não apenas a ser precoces, mas a estar desde logo à mão de todos
e logo dos mais necessitados de se testarem na autonomia e na criatividade:
a capacidade de gerar conteúdos e originalidade, sendo um fruto paciente
do tempo e das mediações humanas docentes, não parece interessar
a estes novos promotores e distribuidores de preservativos intelectuais
para não dizer espirituais, mais as suas sofisticadas lobotomias informativas,
tentaculares e letais, próprias de uma implacável estrutura medusóide Scyphozoa:
o Estado e a sua base parasitária de estômago septado
com filamentos gástricos, esses já velhos cnidócitos
gastrodérmicos ou, simplificando, o grande Centrão dos Interesses.
kjh
Adenda: Santana acaba de assumir que avança para a câmara lisboeta
e, presumivelmente deixando de andar por aí, acrescenta que se limitará,
em dois mandatos, a cumprir Lisboa. Parece que grandes temores se levantam.
Goste-se ou não se goste, em Portugal nada se renova, nada se transforma,
tudo é uma dança de cadeiras de mesmos, cada vez mais os mesmos,
dos quais nos afastamos outros, cada vez mais outros.
Eis a implacável estrutura medusóide Scyphozoa nacional em acção.
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Relativamente ao santana Lopes, é mais do mesmo. Se ganhar mais uns milhões gastos à toa. É fartar, vilanagem!...