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1.º DE DEZEMBRO: A FALHA
«Os actuais monumentos ao 1.º de Dezembro são construções erigidas na Monarquia Constitucional e durante o Estado Novo. E estes 'regimes', ou formas de governo, lá encontraram maneira de institucionalizar estas datas e levar (apenas por umas escassas décadas...) o 'povo' a rumar, respeitar e comemorar. Nas nossas cidades (pelintra e meridionalmente europeias...) sobram portanto por imitação ainda algumas praças, obeliscos e monumentos solitários cujo significado — para a plebe desgrenhada — é nulo e apenas constitui um cenário velho, entre a vinda do barco e a paragem do autocarro. O feriadito, isso sim, é importante (concordo consigo acerca dos centros cemerciais) para a malta encalacrada de paupérrimos consumidores lusos. Com poderosos exemplos como aqueles que a classe política tem vindo a emanar e a emitir de-cima-para-baixo não seria de esperar outra coisa: tudo foi deliberadamente omitido dos livros de história da escola(inha), as datas são explicadas por porteiras e contínuos e abordadas nas TV's como "dias mundiais isto e dias mundiais aquilo". Quem comemora hoje o 11 de Novembro na Av. da Liberdade? (não, não é a independência de Angola roufenhamente babujada na RTP1) Quem ruma hoje no 10 de Junho aos Mortos do Ultramar sem medo de ser apelidado de cabeça-rapada? Governos e governados não querem saber de mais nada, nem conhecem brio, orgulho, valores, herança cultural ou história; apenas querem conforto pantufeiro e antingir o "el-dourado" da reforma e do fato de treino (seja Adidas dos ciganos, seja Armani). Quanto ao novo e necessário 1.º de Dezembro, implicaria muita espingarda automática, muitas prisões arbitrárias, muita porradaria e a supressão (para nunca mais voltar) desta cáfila de quadrúpedes chupista dos partidos. A democracia falhou aqui muito antes que em outras paragens; nisto estamos à frente há várias décadas.»
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Abraço do Zé