ANDREAS SCHLEICHER GALAMBADO


Numa excitação digna de Quixote, deslumbrada e parola, João Galamba escreve: «Volta Maria de Lurdes Rodrigues, estás perdoada? Tudo indica que sim. Então não é que aquela famosa obsessão com as estatísticas e o facilitismo, que, como toda a gente sabe, foram as marcas do consulado da ex-ministra da educação, estão, misteriosamente, a dar os seus frutos?  Quem o diz não são os 'propagandistas' do regime e as estatísticas maradas do ministério da educação; são os tais dados internacionais, aqueles que os críticos valorizam, que nos dizem que Portugal 'registou uma evolução "impressionante" nos resultados da avaliação de alunos'. Segundo Andreas Schleicher, director da Divisão de Indicadores e Análise da Direcção de Educação da OCDE, 'Portugal ocupava o fundo da tabela nos relatórios anteriores e desta vez aproximou-se da média dos países da OCDE, ultrapassando por exemplo a Espanha' e 'o melhor resultado de Portugal no relatório de 2009, em relação ao de 2006, foi obtido na matemática'. E o responsável da OCDE avança mesmo com uma explicação 'as políticas seguidas nos últimos anos e por uma conjugação de factores como a avaliação de professores e um controlo sério da qualidade do ensino. Não se pode melhorar o que não se conhece'. Não há direito. Para além da crise e dos mercados, parece que ainda vamos ser obrigados a elogiar Maria de Lurdes Rodrigues por causa daquilo que diz uma qualquer OCDE.» Este pobre de Cristo não sabe o que diz e a que frutos alude. Nem a OCDE o sabe, ao que parece. Invocar uma das personagens mais sinistras dos últimos anos socratistas da maioria paquiderme é como invocar, simultaneamente, a Besta do Apocalipse Português e um dos quatro Cavaleiros do Apocalipse Português: num espírito rasca persecutório sobre os professores, bodes expiatórios da Gula de Sugar Socialista, instituiu-se o Facilitismo Chantagista, que "avalia" docentes e desavalia alunos. Os outros três Cavaleiros do Apocalipse Português, por inerência da árvore, frutos já à vista, infelizmente, são a contumaz Corrupção Política, a negligente Bancarrota, e o Miserável Atraso. Como seria natural, a desumana e ignorante personagem execrável da ex-ministra jaz clientelarmente na FLAD. Seria bom que, por uma vez, João Galamba prestasse atenção à realidade a que alude Paulo Guinote, parte dela no vídeo supra, programa Plano Inclinado.

Comments

Pata Negra said…
O ano passado fiz os 100 metros em 3 minutos, este ano fiz em 4 mas fiquei melhor classificado. Talvez até os primeiros tivessem melhorado os seus tempos mas o importante é que houve quem tivesse piorado mais que eu o que implica que eu tivesse melhorado a minha posição.
DL said…
Ver esta gente que é geneticamente incompetente a gabar-se de uma coisa destas é do pior que tenho visto nos último tempos.
Como é que conseguiram destruir a escola e agora ainda apanham uns louros destes?
Manuel Rocha said…
Ahaha !!

Quer dizer: se o relatório dissesse que os resultados tinham piorado, era bom e ilustrava o desacerto das politicas educativas; como diz que melhoraram, é mau e apenas reflecte o trabalho de alunos, pais e professores. Estou esclarecido !
Fazer oposição também requer um minimo de inteligência, ou então temos os opositores enredados nos seus próprios argumentos, como é o caso.
:)
joshua said…
«É verdade que os resultados melhoraram em relação aos obtidos em 2006, o que se saúda, ficando a dever-se, essencialmente, ao trabalho desenvolvido por professores, alunos e demais comunidade educativa, apesar de muitas das medidas de política educativa que foram impostas. Mas não é menos verdade que a sua apresentação foi tendenciosa, marcada por um discurso pleno de demagogia e orientado para a propaganda, pois, do pouco que se soube (apenas o que interessava hoje conhecer), percebeu-se:

Que as comparações se faziam a 2006, 2003, 2000 ou, mesmo, a vinte atrás, de acordo com o que permitia uma leitura mais favorável;
Que as comparações foram sobretudo feitas em relação a “progressão”. Esta é importante, mas há que ter em consideração que as margens de progressão de outros com quem se comparou eram inferiores às portuguesas;
De acordo com o próprio Programa PISA, os resultados que se obtêm permitem identificar aspectos mais relevantes – positivos ou críticos – do desempenho do sistema, mas nunca avaliá-lo e muito menos avaliar as políticas educativas. Mas isso parece ter sido esquecido pelo Primeiro-Ministro, na sua quase única intenção de auto-elogio.»
Manuel Rocha said…
:)

Joshua, meu Caro:

Como há já algum tempo que andamos nestas lides, sabes que nunca fui de argumentar com comparativos, indices, rankings, e merdas que tais. Sei por alguma experiencia que escondem muita coisa para evidenciar outras. Por isso não os uso "só às vezes", e menos ainda só aqueles que "dão jeito" às minhas teses. De acordo ? ;)

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