UEFA, ÁRBITROS, TUDO, TODOS

Para além da lógica de um jogo, o mérito, a trave, o poste, o azar, nota-se, a cada final, que Mourinho tem quase tudo contra si. Até Ronaldo, o que é prodigioso. Por outro lado, também se nota que para certos jogadores, como Ribéry, ganhar-lhe parece muito mais importante que ganhar à equipa concreta que o português oriente. Depois de um início de carreira fulgurante, assertivo, esta fase do técnico português denota qualquer coisa como o plano inclinado-descendente da ambição, início talvez da anti-ambição, com a dissolução da velha retórica-picardia enquanto método de perturbação adversária. Isto é Mourinho a ver-se apeado do seu trono para assemelhar-se aos demais cinzentos e ocasionais triunfadores. Ganhar títulos, para a UEFA, está claro, é Pura Política. Política ao serviço de quem pode e tem escala. Política é basicamente um serviço aos negócios. Mourinho sente-se perdido e só, cada vez mais só, neste admirável mundo novo onde é apenas mais um, um que começa a brilhar menos, a perder finais, jogos, embates decisivos. A sede devoradora de vitórias, a âncora das empatias de balneário, o fulgor e a capacidade de seduzir a rapaziada para a ultracompetição está morto ou apenas dormente?!

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