ZERO NA CULTURA, ZERO NA ECONOMIA

Ao ler este texto de Daniel Deusdado, com cujos pressupostos estou 1000% de acordo [«é preciso investir na junção da cultura aos negócios digitais para se globalizar a economia»], pergunto-me por que puderam os mandatos Rui Rio mediocrizar as cartas culturais que só o Porto teria a jogar no grande mercado europeu da cultura; e onde que é que o Porto é menos que Edimburgo, onde há dezenas de milhares de pessoas a fazer e a assistir a espetáculos durante todo um frio e agreste Agosto, transformando uma cidade que estaria semivazia num dos maiores sucessos económicos do negócio da cultura. Como não ver nem ter visto que cultura é economia e que o Porto tem essa vocação e apetência?! Camões, cidadão do Porto, nos valha e por nós vele. É por essas e outras omissões que me junto a Jorge Fiel quando escreve: «Afastado há dez anos da Casa da Música, na sequência de uma entrevista ao JN que não agradou ao presidente da Câmara, Pedro Burmester prometeu que só voltaria a tocar em público no Porto quando Rui Rio já não mandasse na cidade. Já só faltam 124 dias para que Burmester volte a tocar no nosso Porto, encerrando a 8 de dezembro o ciclo de piano da Casa da Música, perante uma Sala Suggia cheia e vibrante. Vai ser um momento memorável!» Com Menezes, sei que será inteiramente diverso.

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