BIZANTINICES PARLAMENTARES



Once a xuxa, allways a xuxa. Formiguinhas diligentes tacticamente, há coisas que um dia talvez possamos compreender devidamente. Esta legislatura está a ser particularmente fértil em bizantinices, o que é tripilicadamente preocupante, pois quanto mais tempo se perde em regimentalidades, mais suplantado e secundarizado ficará quanto concerne às pessoas: «A votação de requerimentos no Parlamento até costuma ser consensual, mas hoje abriu uma polémica. O PS votou, sozinho, o adiamento da votação, por uma semana, dos projectos de lei para a suspensão das taxas moderadoras na saúde que, se fosse feita quinta-feira, e perante as faltas de deputados da maioria, se arriscariam a ser aprovadas. O presidente em exercício da Assembleia, o socialista Manuel Alegre, tinha a interpretação de que quando entra na mesa um requerimento é votado de imediato. Mesmo que naquele dia a ordem de trabalhos não preveja votações ou antes do debate dos projectos. “É essa a minha interpretação. Não creio que haja outra interpretação”, disse Alegre, perante a discussão que se gerou, aberta por um pedido de esclarecimento do líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares.» Eventualmente, este pessoal já cansado da vida parlamentar poderá ser substituído por espíritos menos regimentais e mais próximos dos interesses e questões candentes das populações. E, sim, parece que a pedagogia das taxas moderadoras continuará incólume.

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