EDP OU O NEPOTISMO COMO ARTE

Tudo lhes corre bem. A fome alastra, mas vai mais lenta que o desespero. Calma, portugueses, porque nem tudo é mau: dentre milhares de candidatos, os nossos licenciados e doutorados que ainda não emigraram para sempre, a Fundação EDP vislumbrou contratar uma verdadeira pérola: nada como introduzir no Paraíso dos Cargos ou do Ter Trabalho, uma funcionária para a secção de arte que por acaso é sobrinha-neta de Eduardo Catroga, presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP. Nomeada ou contratada isto não aquece nem arrefece dentro do grupo EDP, onde esta é uma prática corrente, se bem que suficientemente disfarçada. Se agora certos sectores do coitado do Grupo não poupam Catroga nem o administrador executivo da fundação, Sérgio Figueiredo, que tem sido também o seu rosto público, é pura hipocrisia. Estão todos bem. Estão todos felizes ou não estivessem todos muito bem uns para os outros. Não se poderia esperar outra coisa senão que o afiadíssimo afilhadismo socialista ou o seu proverbial amiguismo transitassem sem espinhas para a nova situação. Mudam os partidos, a ganância é praticamente a mesma. Para nós? Derrota. Exploração. Esclavagismo até à morte. A merda.

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