BATEL PORTUGAL

Em dias de sol, quando o pipilar dos pássaros sobrepuja de longe a voz próxima de quaisquer humanos, antecipo paradoxalmente a Anarquia, o AutoGoverno, abertos pela ultra-austeridade, pela miséria colateral, agenda desumanitária do gasparismo troykista germanófilo. Quem se organiza e se une para partir os dentes a esse hipertroykismo?! Cada País do Sul não é o outro País do Sul. Espanha não é Portugal. Portas não é Gaspar. O estupor é que é, e só pode ser geral.


Se a dissenção infecta o Conselho de Ministros, também não poupa a sociedade civil que nem inova no grito nem protesta a preceito, soma de covardias e de condescendências, com o PS autocomplacente, oportunista e nefelibata de regresso às ladradelas triunfais congressistas, mas a descer paulatinamente nas sondagens. Porquê? Por se abster, debaixo das nossas barbas, de cooperar no desenho de soluções no corte da Despesa, olhos nos olhos, e em tempo útil. Por ficar fora dos problemas. 

Eleições antecipadas? Ingovernabilidade anunciada! Quem pariu, fechando os olhos e levantando o polegar, os 3000 milhões de dívidas em swaps desorçamentados nos anos sócrates?!; quem assinou as últimas PPP brutais para mais tarde outros Governos assumirem e os contribuintes de sempre pagarem?!; quem nacionalizou o hemisfério podre do BPN e deixou o saudável SLN nas mãos dos mesmíssimos mentores e beneficiários de dolosas negociatas?; quem cavou ainda mais dívida funda e mais dívida por tudo e por nada, atirada para as calendas?! O PS fodeu com tudo e, se não estende a mão ao PSD-PP gasparista, que tem fodido com tudo, deveria. Seriam necessários mil anos para ele próprio-PS se limpar. Para pagar e renegociar honrosamente todas as surpresas que não param de brotar do passado ainda tão fresco, dois partidos não chegam. Não é o Governo, é o Regime que depende dos consensos. Não serão dois anos de erros e experiências erráticas a absolver seis anteriores de puro fascismo iconocrático socratista, aventureirista, pornopolítico. O tempo das desorçamentações acabou. As regras mudaram. Por isso mesmo é que a dívida pública escala, enquanto Gaspar pune, exagera, confisca, vai além da dose. Recessão. Os juros explodem-nos na cara e os Congressos em Festa, Proclamativos, cospem-nos na face toda a festiva baixeza, politiquice festiva e tacticismo merdoso de que o Regime, irreformável, não passa. 

Malicioso e repleto de lodo, Sócrates amerdalhiza o comentário merdífero na pantanosa RTP. Ninguém fez melhor que ele, está para nascer quem faça melhor que ele, não no défice, mas na desorçamentação, no comissionismo político e agora na cara de pau. 

A Alemanha continua grávida da sua própria hegemonia, gestação que nos tragará. Paira a Anarquia no Batel Portugal à deriva.

Comments

Costa said…
mas então pq é q os secretários de estado foram demitidos d forma meio envergonhada por estarem ligados a isso das swaps?

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