COSTA TRESANDA A GLÓRIA PRÉVIA

Há em António Costa uma falsa bonomia. Ao aproximarmo-nos das eleições, emerge um Costa acintoso, agressivo, na linha do Soares que, em comício derradeiro, discursava num linguajar aflitivamente baixo, azedo, acutilante, na sua força ofensiva para com MFL (desgraça, fanática, irresponsável, como se toda a desgraça portuguesa, o fanatismo e a irresponsabilidade, se não resumissem precisamente às fartas mentiras controleiras de um socialismo em punho de ferro socratesiano), linguagem muito diversa daquela com que ontem compareceu, pausadamente caturra, nos Gato Fedorento num esforço hábil de branquear o próprio carácter toda a vida oscilando entre o magnânimo resistente e o avaro padrinho maçónico, ávido de controlo, de proventos e de Poder. Costa, o Costa ultracoligatório canditato ufano que agora cavalga Lisboa, corcel fácil, afinal morde. Santana, coitado!, como todos os PSDs de estes dias, não tem no sangue esse nível de provocatório refinado e ofensivo quanto os demais filhos de Soares, entre os quais Sócrates, o Sexy, e Costa, o Bonacheirão. Há qualquer coisa de apagado, vil e desistente no Portugal alternativo a esse socialismo torturador da maioria, perante o avanço da porcaria política, triunfante em toda a linha. A Hora é negra e pertence aos manejadores dos recursos onerosos da Mentira. No próximo dia onze de Outubro, a Mentira terá novamente um grande dia para acabar de felgueirizar Portugal, para que a gondomarização do País seja ainda mais perfeita. A maioria dos escassos votantes portugueses só tem de fazer o que tem feito. Votar nos piores, nos menos honestos, nos menos escrupulosos e elegê-los. Seguir o instinto e o estômago. Votar por clubite e, por vezes, votar PS é uma espécie de benfiquismo em mau. Basta pensar na gamela europeia de Elisa Ferreira, palavra autodenunciatória na sua própria boca. Já se tornou hábito. O retrocesso involutivo, passe a redundância, que nos acomete há pelo menos uma década, nos planos económico, moral e social, agradece a pastosa previsibilidade dos resultados: «“Só quem não tem liderança, só quem não tem programa é que tem que alimentar a campanha eleitoral de pequenos casos, de pequenas tricas, de ‘soundbytes’.»

Comments

João António said…
Palavras para quê ? A maioria só vê rosas, quando colocarem os óculos vão ver e sentir os espinhos cravados na carne !
Excelente comentário. Aliás, este está na linha do sarcástico que norteia o Blog "Não calarei a minha voz... até que o teclado se rompa!". O que a actual classe política que se instalou em Portugal (e que vei para ficar!) nos habituou foi a uma certa politiquice que nada diz, que nada faz... mas que tudo promete. Enquanto nos mercados eleitorais se instalou o caciquismo, os bancos instalam no sistema económico um sistema que condiuzirá à submersão (eufemismo de afundar!) da economia portuguesa. Com os bancos a apresentarem lucros e os pobres a pagarem a crise, o barco afunda-se cada vez mais. Andaram mais de uma década a apregoar as vantgagens da compra de casa própria aos jovens portugueses que tinham um emprego mais ou menos seguro para agora, de um momento para o outro, verem-.se a braços com dívidas astronómicas aos bancos e os seus bens (e de muitos dos seus fiadores, coitados! - porque os bancos nunca se deixam ficar sem garantias...) penhorados, vendidos ao desbarato na praça pública... e, acabar a viver debaixo da pon te, que é como quem diz... num barraco. Para onde vai Portugal com políticos incompetentes que esvaziam os cofres do Estado senmre que chegam ao poder?... Estamos endividados no estrangeiro até ao pescoço... Qualquer dia estamos totalmente afogados... que nem as vítimas (sempre os mais pobres, claro!) do Titanic!

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