SARAMAGO OU IDEIAS DE TROLHA
«O problema com o furor que provocaram os comentários de Saramago sobre a Bíblia (mais precisamente sobre o Antigo Testamento) é que não devia ter existido furor algum. Saramago não disse mais do que se dizia nas folhas anticlericais do século XIX ou nas tabernas republicanas no tempo de Afonso Costa. São ideias de trolha ou de tipógrafo semianalfabeto, zangado com os padres por razões de política e de inveja. Já não vêm a propósito. Claro que Saramago tem 80 e tal anos, coisa que não costuma acompanhar uma cabeça clara, e que, ainda por cima, não estudou o que devia estudar, muito provavelmente contra a vontade dele. Mas, se há desculpa para Saramago, não há desculpa para o país, que se resolveu escandalizar inutilmente com meia dúzia de patetices. Claro que Saramago ganhou o Prémio Nobel, como vários "camaradas" que não valiam nada, e vendeu milhões de livros, como muita gente acéfala e feliz que não sabia, ou sabe, distinguir a mão esquerda da mão direita. E claro que o saloiice portuguesa delirou com a façanha. Só que daí não se segue que seja obrigatório levar a criatura a sério. Não assiste a Saramago a mais remota autoridade para dar a sua opinião sobre a Bíblia ou sobre qualquer outro assunto, excepto sobre os produtos que ele fabrica, à maneira latino-americana, de acordo com o tradição epigonal indígena. Depois do que fez no PREC, Saramago está mesmo entre as pessoas que nenhum indivíduo inteligente em princípio ouve. O regime de liberdade, aliás relativa, em que vivemos permite ao primeiro transeunte evacuar o espírito de toda a espécie de tralha. É um privilégio que devemos intransigentemente defender. O Estado autoriza Saramago a contribuir para o dislate nacional, mas não encomendou a ninguém? principalmente a dignatários da Igreja como o bispo do Porto - a tarefa de honrar o dislate com a sua preocupação e a sua crítica. Nem por caridade cristã. D. Manuel Clemente conhece com certeza a dificuldade de explicar a mediocridade a um medíocre e a impossibilidade prática de suprir, sobre o tarde, certos dotes de nascença e de educação. O que, finalmente, espanta neste ridículo episódio não é Saramago, de quem - suponho - não se esperava melhor. É a extraordinária importância que lhe deram criaturas com bom senso e a escolaridade obrigatória.» VPV in Público
Comments
Fundos ais chorasTe sobre a arrasada cidade…
Acudas-nos, Ana, Mãe da Nossa Mãe da Paz,
e ouve o louvor que com nossos cantos voa…
Tel Aviv: Afazeres, à Pátria Universal.
Que consta em teu passaporte?
Bat Yam: Acordaram-nos os olhos pó,
às portas da Terra Prometida.
Cesareia: Romanos, lusos, ameríndios, índios, etíopes,
nipónicos, arianos, turcos, arménios,
ucranianos, croatas, chinos,
africanos, gregos, esquimós, hebreus, árabes,
à cor irreal, pasmámos.
Entrementes, quando nos sentámos, a ver que dava,
partiam, adereços aviados, saltimbancos.
Monte Carmelo: Fremindo o sopro.
A aberta imensidade ante, a maior grandeza,
alma altíssima a olhos dada.
O fundo envolve-nos, devolvidos ao claro sonho.
S. João de Acre: Largo voo entre Haifa e Líbano,
onde o cedro do caminho.
Stella Maris: Que era d’Iahweh a voz que move.
A longe nos levava.
Tíberíades: Descalços pisamos pedras húmidas,
perto o manso lago,
dormente dorso em vagas.
Da faina, na pesca, nos erguemos:
Passavas, e seguimos-Te,
amigos com a Notícia.
Cafarnaúm sofresTe
porque previsTe ruína.
Bem Aventuranças: Nova palavra jorrava, estremecia:
Ressoando-nos, nos imos fibras do pobre coração,
nosso e Teu O Esplendoroso Verbo.
Mar da Galileia: Nas lidas escondidas nos calámos;
a lago, ou a bom ar, despreocupação,
distensão e acalmia.
Tabor: Sonambulissimamente divagávamos,
absortos discorríamos deslumbrando-nos
o repleto da Luz um dia aclarada sobre a Terra,
mal acomodadas as próprias tendas.
Até tangermos O Inominável.
Gruta da Anunciação: ‘Verbo caro factum est…’
A alentar-nos.
Do Anjo a irradiação descida, começo fecundo.
Ein Karen: Miriam, sabias, com o coração,
toda a distância compreendida.
Bethlehem: Era tão só crer, a’o cintilar a estrela.
Nazareth: Quotidiano escondido, o aí estares.
Canaã: Teu sangue nosso, convivas da alegria.
Jericó: Onde o estranho era irmão.
Porque ofereceste boleia ao desfigurado,
o Cristo Te sarará também das tuas chagas.
A Jerusalém, cidade das todas as cidades,
as acolhedoras portas sempre abertas,
por próprio pé, acedemos jubilosos…
Um palestiniano, passeando, e assoando-se,
à diurna luz, a última paz…
Até que nos achássemos definitivamente no templo.
Muro das Lamentações: Pesada a prova da memória.
Piscina Probática: Esquecidos no densíssimo pecado,
largos anos esperámos que nos soerguesses.
Das Tentações: Acossados, superamos ancestral desespero.
Monte das Oliveiras: ConTigo chorámos o desígnio dUm Pai.
Basílica da Agonia: Um furco perto do Seu pé sangrando,
a soldadesca entrega-se a mesquinho passatempo,
sobre rabiscos no lajedo, com mínimas pedrinhas.
Via-Sacra: Marcados p’la Tua dor,
em Ti morremos.
Com a Cruz: Bem quis ajudar-Te o de Cirene,
mas Tu lhe desTe a ele Tua Vida.
Santo Sepulcro:
Pra conTigo subirmos
renascermos.
Local da Ascensão: RegressasTe
até aO Lugar de Onde viesTe.
Pai-Nosso: Éramos agora outros ao olhar O Outro,
iguais, Teus co-herdeiros.
Dominus Flevit: Estávamos protegidos e amados.
No transe desentranhavas o amor maior.
Porque antevisTe a vitória dos Teus,
Te deixasTe matar.
Monte Sião: Para reacender as madrugadas.
Cenáculo: Junto a Maria, mudámo-nos dO Enlevo Consolador.
Túmulo do Rei David: Novo incenso, entre sombra e luz.
Dormição: Toda a tua morte, Maria, alumbras,
Nossa Senhora da Ternura.
Cenáculo: Pão e vinho partilhados, plenitude, mãos,
estremecermos na trepidante passagem.
Yad Vashen: Amaro ido com registo, em nós caímos.
…Geena: Medonha, horrenda, hiante desolação…
El Aqsa: Em tonto sono voaram-nos as ideias.
Sob a cúpula doirada do templo,
anéis com versículos gravados aO Misericordioso.
Tumba de Lázaro: Após ignóbil tragédia, somos nós.
Aeroporto: Na bagagem, terra declarada.
Não refizéramos, nem na ínfima parte, O Percurso;
mas ficámos, na pura verdade vagando,
tratando, respirando
conTigo, Cristo Amigo,
pomba, fogo, loucura,
inenarrável libertação:
Até ter cor manhã.
Escárnio de primeira água ao alcance de poucos.
Muito bom como quase sempre.
Mas claro, Saramago criticou a Biblia. Portanto há que castigar a heresia.
http://portugaldospequeninos.blogspot.com/2009/10/os-estudos.html
Que diálogo, João Gonçalves, Amigo?
Diálogo, supõe 2 partes, com «regras de jogo» para as 2 partes idênticas.
Vejamos então:
A Igreja, nomeadamente com João Paulo ii, já reconheceu seus erros passados, verba gratia, quanto a Galileu Galilei, deles tendo pedido publicamente perdão.
Não vamos agora responder aos que desejariam que fizéssemos outra vez «fogueiras», que lhes daríamos pretexto a se voluntariarem de bombeiros de paz…
Adiante…
Que erros reconheceu, seus, e muitos, e da internacional comunista, o partido comunista português?…
Sua pertinácia inamovível lembra a história da velha que um insultado por ela de «piolhoso» «piolhoso» «piolhoso» a mandou a poço a que se afogasse.
Pois já sumindo com água até pescoço e até à boca, braços de fora e dedos em riste por gestos fazia com os polegares de ambas as mãos acima da água que se lhe engolfava pelas goelas abaixo, gestos insistentes de quem mata piolho, a insultá-lo de «piolhoso» e a afogar-se…
Deixo aqui o 'link':
http://www.gabitogrupos.com/tudoemportugal/general.php
(Caim segundo Cristina Carlos)
Melhores Saudações da Vila de Sintra (Património Mundial)
Embora alguns o ache intolerante e o texto pleno de estultice. Sinceramente ,não o achamos.Pelo contrário o vemos como inteligente e vivaz.porém nos permitimos discordar contra a idéia central e convicta cuja a tendência óbvia é visível.Ponto de vista pessoal vosso. Nós cremos que os excessos cometidos em nome desse ou daquela ideologia,religião ou qualquer outra tentativa de absolutismo contraria frontalmente a diversidade natural de toda obra do Criador .
Uma palmeira não é menor,mais infeliz que outras palmeiras ou árvores de maior ou menor porte e nem quer dominar outras palmeiras ou outras árvores .A presunção humana é que tem criado essas distorções e muitos tem pago com suas vidas por isso.Papas,Reis,ditadores.Todos tiranos são iguais, não importa se cristão ou muslim . Dias atrás Portugal estava sob o látego do salazarismo, Espanha sob o jugo de Franco. Precisamos ver além nas nossas paixões pessoais ,quando tratamos de assunto que envolve toda a humanidade.Não lemos o que escreveu Saramango sobre a bíblia portanto não podemos julgar Saramango.Aliás não lemos nada de Saramango e nem por isso nos consideramos menores.Lemos muitas coisas que outros não leram,não nos atemos a isso.O grande equivoco é acreditar que a Biblia,Corão,Talmud,etc,etc sejam infalíves ou contenham verdades absolutas.Quem os escreveu?Quem os distorceu e os adaptou as suas próprias conviniências???
Pense nisso e tenha um Bom Dia
Atenciosamnete,
JATeixeira