EUROPA SOB SOVIETIZAÇÃO LIGHT
A construção europeia, para o bem e para o mal, tem um perfil cada vez mais planificacionista rígido de cima para baixo e o modo como os referendos se repetem, numa insistência revisionista de resultados, prova apenas isso. A repetição do referendo ao Aborto em Portugal sinalizou, precursora, essa nova realidade "pedagógica" unidireccionada, feita de insistência até que a democracia caucione os directórios, os documentos, a burocracia urdida por uma elite iluminada. Depois, os cidadãos confrontam-se com factos consumados na maioria dos casos: do chamado Tratado de Lisboa às opções estratégicas de planificação e organização produtiva do vasto território alargado da União, as quais, já agora, têm sido um desastre sistémico para Portugal, pense-se nas Pescas e na Agricultura e no modo como a dívida do País é proporcional ao que nele é, de norte a sul, território obscenamente baldio. De igual modo, os cidadãos não escolhem nem têm o menor voto na matéria quanto ao perfil económico e social da sua Europa cujos desígnios são cada vez mais insondáveis. Com Obama, os Estados Unidos desliberalizam um naco das suas políticas ao passo que a Europa, com esse Tratado de Lisboa em vias de ratificação geral, parece encetar grosso modo o percurso inverso, abandonando décadas de Estado Social para abraçar princípios mais liberais que lhe têm sido estranhos. Há qualquer coisa de sovietizante na política europeia, embora light. O edifício institucional e regimental da União Europeia foi pré-fabricado por burocratas iluminados e impõe-se-nos nas costas para além do que pensemos dele. Nem no auge do Comunismo mais Ocluso e Ortodoxo se pôde ir mais longe em matéria de organização macropolítica e pensamento normalizador unívoco, salvo a aparente liberdade e bem-estar em vigor no espaço europeu. Por isso, agora que os irlandeses mudaram de opinião com o belo argumento da Crise e do papel financeiro salvífico da União, seria bom que a construção europeia se contrabalancasse com organizações cívicas e participação atenta e militante que transcendam a mera mercearia dos interesses nacionais: «O Governo já assumiu a vitória e alguns dos principais rostos da campanha do “não” já reconheceram a derrota.»
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UE fortificará os grandes potentes como a França Alemanha, proporcionará a "grandeza" da Espanha onde no meio disto tudo Portugal, que decidiu de ser Europeu em 25 de Abril de 1974, será esmagado e diluído numa União Ibérica, esforço inútil de milhares de portugueses que deram as suas vidas para que Portugal fosse independente. Resta saber quantos anos este novo Império Europeu vai durar. E como serão recordados os seu heróis como Mário Soares a soldo da França Maçónica;
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1403542&idCanal=11
La révolution des Œillets
Selon Henry Coston, l'effondrement du régime de Marcelo Caetano lors de la Révolution des Œillets au Portugal en 1974 fut précédée, selon des sources maçonniques françaises extraite du bulletin intérieur de la Grande Loge de France qu'il cite (mais que la Grande Loge de France n'associe pas), par un développement souterrain très intense de la franc-maçonnerie, bien qu'encore illégale. Coston associe ces deux évênements
http://fr.wikipedia.org/wiki/Complot_ma%C3%A7onnique#La_r.C3.A9volution_des_.C5.92illets
Não confundir UE com CEE
A maioria das pessoas confundem UE/união europeia com CEE/espaço económico europeu, pensam os portugueses que estão a falar da CE e não sabem o que é realmente esta UE, e não querem saber, existe uma "mentalidade prostituta" em que quem pagar mais ou der melhores vantagens pode governar Portugal. Com a UE é o fim da independência relativa que Portugal tinha, que papel de fantoche terá o Presidente da Republica Portuguesa com o aparecimento do Presidente da União Europeia? com o seu ministro dos negócios estrangeiros sua moeda única parlamento tribunal e exercito ? E querem fazer engolir isto como sendo somente de tratados?
José-Manuel
Genève – Suisse