ESCARRATURA DO CÍRCULO
Vi, com asco, esta noite, três velhos a matar a frescura de uma esperança: Xavier, Pereira e Costa. Além de serem velhos marretas de retórica vazia e manifestamente obesa de certezas, estão velhos e transbordam de velhice. Pacheco raciocina tão contraditoriamente que já se adivinha ter sido para Manuela Ferreira Leite um problema, uma tortura, aturar-lhe as reflexões e conselhos antitéticos onde a confusão e o paradoxo abundavam e a decisão era nula. Com Pachecos não se fazem revoluções nem se refresca o ar sujo que se respira. Com Costas, só há Corporação PS. Com Xavieres desfila apenas o ocioso blá-blá de concordar deliciosamente com Pacheco e concordar ainda mais deliciosamente com Costa, entre sorrisos dengosos. Depois há a merda dos blogues. Por todo lado vislumbro a candeia apagada da tibieza, do calculismo frívolo e da petulância despreziva. Há oportunidades higiénicas que não se podem perder, luxos a que certa Escarratura do Círculo pode dar-se, mas eu e milhões de tugas ingénuos, vistas bem as coisas, não. Parecem todos tão espertos no seu cínico xadrez de sabichões, no seu fortim de sucesso particular, no seu estrelato de Papas da bloga e da opinião. Puta que os pariu a todos!
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