QUEM TEM MEDO DO MEDONHO KHADAFI?
Khadafi, segundo alguém dizia «um líder carismático», afinal um filho da puta tenaz, determinado, instila um medo profundo no seu povo: os insurgentes líbios pensam agora duas vezes antes de saírem às ruas de Trípoli. Reprovado, cuspido e renegado internacionalmente, o tirano sanguinário resiste, de certa forma imitador de Berlusconi, a quem nada envergonha, ou do Primadonna, a quem é mais valiosa a própria precária sobrevivência política que a do País submerso num pântano de juros mortíferos, marca de uma governação falhada. A rua portuguesa está morta, é o que lhe vale. A rua líbia, essa ameaça definhar e morrer apenas porque, ao contrário dos eventos na Tunísia e no Egipto, olhos que não vêem, coração que não sente: Teerão e Trípoli têm esmagado a seu bel-prazer todas as rebeliões populares porque os recursos mediáticos, com as suas milhões de palavras em cada imagem denunciadora, ou são escassos ou são mesmo nulos. As clientelas kadhafianas, basicamente homens armados pró-Regime, andam por todo o lado a ameaçar quem se junta em grupo, segundo relatos de residentes na capital líbia. Dêem-lhe câmeras, repórteres, palpitação de vida e os líbios serão Livres. E os seus mortos não terão morrido debalde.
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