UNS GASES POLÍTICOS
«É patente a ausência de programa e estratégia no PSD; pelo menos naquele PSD — basista e taberneiro — que vai aos congressos, emporcalha reputações e derruba líderes com a intriga. Passos e Ângelo até podem ter uma ideia vaga e amadora 'do que fazer' uma vez no governo. Mas a espera e a fome de emprego são de mais para as transversais-gentes da província social-democrata. Louçã emitiu uns gases políticos e logo se agitou a malta famélica, desempregada, saudosa de verbas e — visceralmente — sempre com um olho terno para uma qualquer enormidade como uma 'regionalização' ou uma 'reforma da administração' (daquelas reformas que fariam tipos como Ruas, Menezes e Jardim sorrir). Mesmo que Passos saiba que não tem dinheiro para distribuir nem institutos para atochar até ao tecto 'companheiros e amigos', é disso que a malta está carente. E depois nem a galeria de teóricos e peritos em finanças, que o PSD arvora, consegue entender-se quanto a soluções para esta coisa-país. Mesmo que Passos e os seus cheguem ao 'poder', vão passar — como diz o pessimista e inconveniente Dr. Medina Carreira — um ou mais anos a perceber o funcionamento dos ministérios, do país e a real e horrível dimensão do buraco. Até porque Sócrates e o PS, incompetentes e criminosos, devem ter tudo armadilhado. Isto vai mal...» BI
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