ESCUMALHA-DO-RATO
«A rede de radares foi 'desligada' porque obsoleta (já estava há muito previsto que aconteceria...) e esperava-se que, nesta altura, o conjunto de novos detectores e emissores já estivesse em funcionamento: moderna, digital, ligada a uma central, autónoma, a nova rede não precisaria de ser "tripulada" e mantida ou reparada por tipos conduzindo jeeps e envergando fardas cinzentas. Mas no meio do chavasco das "novas oportunidades" e na pestífera prochenetice das "EPE's", que sugam verbas aos milhões por dia, o dinheiro para os radares desapareceu; evaporou-se. Encontra-se disperso tubos de esgoto e em bolsos de amigos. E as Forças Armadas, condenadas pelos políticos cobardes e apátridas a guardar armazens vazios, não tem dinheiro para o combustível destinado a fazer voar e a fazer navegar. "Desligue-se tudo excepto os benefícios para os amigos do PS e a máquina do oxigénio do regime", esta parece ser a única orientação da escumalha-do-rato para todo o país.» BI
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Prejudicar os interesses do País é mentir sistematicamente aos Portugueses, é não ter credibilidade interna e externa, é aumentar os salários na função pública para os cortar em 10% a seguir às eleições, é comprar o voto dos velhos mais pobres, prometendo-lhes medicamentos gratuitos nas vésperas da campanha eleitoral, para os roubar após uns meses, é jurar até à náusea que não aumentará os impostos para os subir pouco depois, é levar o desemprego para cima dos 11%, é endividar o Estado como não há memória na nossa História, é converter a Administração e o sector empresarial público num covil dos amigos, é conspirar contra a liberdade de imprensa. Isso é que é prejudicar o interesse nacional.
O descaramento desse demagogo, que, seguramente, constará nos anais como um dos piores primeiros-ministros de Portugal, começa a ser verdadeiramente insuportável. Só me lembra a história daquele ladrão que, para desviar as atenções sobre si, começa a correr, gritando para qualquer um “agarra que é ladrão! Agarra que é ladrão!"
“Num País normal”
O país acaba de passar com distinção a Cimeira da NATO em Lisboa. Salta à vista, com a aquisição de novos equipamentos para a PSP, o amadorismo dominante na rotina da administração do Estado.
Este processo foi objecto de um oportuno editorial do DN. Vejamos então como tudo se poderia ter passado, num país normal.
Jan10: há conhecimento da realização da cimeira da NATO em Lisboa (Nov10); a PSP como principal garante da sua segurança, apresenta ao MAI um plano/projecto de acção, do qual consta uma lista equipamentos de segurança necessários para o efeito. Tal lista, terá sido apresentada em Jan10, acarretando custos de 20 milhões de euros. Viria a ser reduzida para 5 milhões.
Fev10: analisado e apreciado no MAI, o dossier sobre o equipamento da PSP foi objecto de despacho do gabinete do PM.
Mar10: no MAI, tem lugar uma reunião governamental com a presença do director da PSP, delegados da GNR, do MDN, do MF..., Governo Civil e Câmara Municipal de Lisboa.
Os órgãos presentes, passaram a ter contactos directos para acerto de política e pormenores de acção conjunta, sob a direcção do MAI.
Mai/Jun10: está ultimado o plano geral de operações, incluindo necessariamente logística das forças a empenhar, financiamentos necessários e preparação/treinos a desencadear.
É lançado concurso para os equipamentos da PSP.
Set10: prontas as ordens de operações dos diversos departamentos, que irão ser testadas em Out10.
PS: os novos equipamentos de segurança, foram entregues à PSP na primeira quinzena de Out10.
(no DN, cartas)
Barroca Monteiro