2009, ANO PRENHE DE PULHAS
Qualquer balanço de 2009 implica recordar o quanto sofremos a vários títulos. Os problemas do País, por incúria e impreparação políticas, agravam-se. A malícia está no Regime e é o Regime. Capturado por um punhado de sôfregos, entre danosos maçons e partidocratas, Portugal não respira. O centenário da República Anarca, Iconoclasta e Jacobina de 1910; centenário da República Ditatorial, 40 anos "messiânicos", medíocres e castrantes, sob gumes de aço, até 1974; centenário da Democracia Cleptocrática, neoCorporativista e Oligopolista até 2010, obrigar-nos-á a perder as peneiras e acabar com merdas. Não é a forma que o Regime assuma que o torna arcaico. Não há absolutamente nada de arcaico numa Monarquia. Arcaica é a alienação barata das nossas fontes básicas de independência e de afirmação identitária sob uma República das Bananas, imoral e perversa, e arcaico é o apossamento por um bando de trafulhas das rédeas do poder, numa República das Bananas, apenas para serviços clientelares, favores e negócios entre amigos e o extenso rol de casos de um crasso e sistemático malbaratar de recursos sem qualquer espécie de verdadeira prestação de contas aos cidadãos. Tal vergonheira terá de acabar. Obsoleta vai a República de 1974, velha e caduca. São cem anos para esquecer. Demográfica e economicamente, Portugal está a definhar. 2009 viu o que há de pior na índole dos políticos e seus títeres justiciários. Portugal tem escolhido Barrabás. Tem amado Vendilhões. Encanta-se com Arrivistas Mentirosos e Cretinos Pícaros. Portugal comporta-se como Pilatos em causa vital, própria, fechando os olhos e lavando as mãos. Possa em breve legitimar pacificamente a República de 1910, reformular-se, e assumir os seus efeitos nefastos. Ou tenha a plena liberdade constitucional de aboli-la e enterrá-la como fenómeno passageiro de sangrenta génese, mau sinal!, com catastróficas consequências e inconsequências para os portugueses.
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