SOARES E O TÁCITO OBSCENO
A absoluta corrupção política, o completo hábito de mentir e desmoralizar, coitado, anda triste e insatisfeito. Quer mais poder para poder trucidar melhor o contraditório, a sociedade civil e o pluralismo resultante do Parlamento que nós, os cidadãos afinal de contas elegemos para funcionar tal como está. Para cúmulo, na sua voluntarística senilidade benévola para com o mau-carácter aninhado na Vida Pública, como uma hidra peçonhenta, multicéfala, tudo contaminando de sem-vergonha, desde que socialista, e em face do entranhamento eternamente respaldado de corruptos máximos, Mário Soares ousa vir com generalidades consequentes como se não houvesse causas para esse «pessimismo» que ele mesmo acalenta passivo, pois quem cala consente tolerar um novo cavaquismo sem Cavaco tão combatido e afinal benigno comparado com o Eucaliptal Daninho em decurso. Não há outro pessimismo senão o pessimismo que agrada e convém aos que rasuram os cidadãos da verdade que lhes cabe conhecer, aos que amordaçam subtilmente jornalistas livres e aos que desempregam compulsivamente todos os pensadores independentes em Portugal. Cansa-me por isso mesmo o cinismo branqueador em Soares. Um Soares preocupado, mas sem vislumbrar responsáveis. Preocupado, mas sem alvos nem culpados. Preocupado e com diagnóstico, mas sem a exumação credível dos cadáveres antiparlamentares e antidemocráticos nunca acabados de inumar pela actual gerência malcheirenta do PS. Não andará Soares cansado de desempenhar um tão soturno papel de avozinho com déspota ao colo?! Porque «o ditador», se não é «sanguinário», é consabidamente falsário e os danos estão bem à vista: “O pessimismo nacional, a renúncia de viver e de lutar, é assim uma doença que alastra na sociedade portuguesa, e que se vai tornando endémica, tanto nos grandes centros como nos campos e nas aldeias". Mário Soares, DN
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Um abraço preocupado
acabo de reparar que o meu reino já não consta da tua lista de hiperligações. Pede-me desculpa pela falha!
Um abraço de não sei onde