LONGE DA FALÊNCIA, DIZ ELE
O Eduardo, imbricado no socratismo como escamas se acamam no lombo de uma sardinha, acena com leituras atrasadas ou tardias e com o relatório da Global Sovereign Credit Risk Report, agora divulgado, como elementos suficientes para tranquilizar os ânimos, além de, no mesmo processo, aproveitar para implicitamente classificar de malévolos e nauseabundos mal-intencionados todos quantos sublinham e insistem que nós, Portugueses, estamos com um sério problema de endividamento galopante que nos conduzirá a breve trecho à bancarrota. Nada obteremos com o alarmismo de uns ou com a serenidade respaldada de outros, entre ostras e garrafas de Margaux. Porém, é difícil atribuir validade a argumentos meramente documentais e supostamente isentos, quando em muitos casos os dados libertos pelos nossos organismos públicos para certas instituições internacionais estão desde logo viciados. Depois do célebre relatório da OCDE, que o não era, é extremamente difícil confiar em argumentos tutelados sob os princípios da manipulação e da má-fé de que se faz a vida pública sob um socratismo consabidamente desumanitário e falsário.
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