FINLÂNDIA E O SUPERGENE NÓRDICO
De um lado e do outro da estrada acastelam-se três metros de neve, dois muros ou paredes brancas brindam os forasteiros, nas escassas horas de luz. Inverno. O tempo é passado em casa. Sobretudo em casa. Aos fins de semana, bebe-se até cair e é por isso (porque é frequente o caos e a morte-coma privativo em razão do álcool) que vigora uma espécie de lei seca altamente restritiva no acesso às bebidas espirituosas. Há dinheiro para subsidiar toda a gente. Muito dinheiro. O Estado não cometeu loucuras. Não passou décadas a contratualizar auto-estradas redundantes e pontes luxuosas ou ainda edifícios sumptuários acumulando, em todos os casos, admiráveis e vergonhosas derrapagens record no Planeta, depauperando um povo viajado, emigrado, habituado ao luxo e a produzir mais que todos, desde que fora do País. No extremo Norte, a pobreza é um insulto e não se consentem 20% de indigentes. As pessoas contam, embora desapareçam por seis meses nas suas casas sitiadas por neve e o trabalho não faça sentido entretanto. Quase não existem shoppings. Dão um bom templo para festins sanguinários, infelizmente, como hoje, na Finlândia. Nada para fazer. Inexpressividade. Frio. O factor deserto. Os factores interioridade e periferia: bebe-se e mede-se a resistência à bebida. Mulheres emancipadas num ambiente amniótico de permissividade. O convite ao suicídio ou à matança. Nichos de árabes. Nichos de iranianos. O Supergene Nórdico é isto. Provavelmente, para os nórdicos, os povos falidos do sul é que são "nórdicos".
Comments