CHEIRA BEM, CHEIRA A DERROTA
Há um só clube para o jornalismo desportivo em Portugal. O Benfica. Todos os sonhos e aspirações do país se centram e concentram no Benfica. Não há figura pública ou blogue chique, eivado do cocó da excelência notória que não seja fedorentamente benfiquista. E essa fatalidade não passa disso mesmo. Básica fatalidade. Tudo é benfiquista em Portugal e por isso mesmo as bíblias jornalísticas transbordam a exclusividade e a vaca-sagrado benficocentrismo. Isso é bom. Bom porque o resultado nos embates a sério se arriscam a não o ser. A não serem benfiquistas. Se os resultados dos embates a doer não forem benfiquistas, mas sim portistas, por exemplo, os grandes números planetários mostrarão afinal o que valem e como o facto de se ser o maior clube do planeta pode não passar de mero flato. Assim se compreende melhor o terror que medra hoje entre as hostes de Jesus e entre uma massa de adeptos inseguros porque bem conscientes da valia do Dragão. Perder na Luz com o FC Porto acontece aos melhores treinadores e às melhores equipas e é cenário a cogitar numa tripla natural neste tipo de jogos. Do ponto de vista do haver moralidade ou comem todos, haveria que desinchar do passeio glorioso de golear e ser goleado, pois o bom futebol faz-se de outro tipo de equilíbrios.
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