MAIS TIAGO. MENOS MANUAL


Gosto quando te distancias dos calhamaços em que te enfronhas e quando, por isso mesmo, reflectes como um ser humano passível de fazer sofrer e igualmente sofredor, como eu e como a maior parte de nós por oposição à infalibilidade pacheco-pereiraniana. A bloga não é mais que tudo o que quiseres e fizeres dela, mas também não é mais que o quanto com ela condescenderes, modo são de viver e deixar viver. Não te excluas do seu processo por vezes vaporoso de contundir, de ser contundido e perder as estribeiras por dá cá aquela palha [há meses que te leio]; não te excluas da coisa ambivalente, sacana e sublime, em que afinal consiste, como de resto a vida. Desde o princípio que te concebo capaz de sentir como um ser humano e não como um Manual Aplicado à Realidade. Começámos por ser próximos, fraternos e amigos, ao primeiro relance, recordas-te?! Não vale a pena perderes-te num tipo de balanço que te santifica instantaneamente e converte muitos dos demais bloggers em viperinos filhos da poeira, mordendo-te os excelsos calcanhares.

Comments

Anonymous said…
E então qual a diferença entre ser desprezível e ser desprezivo?
Anonymous said…
Nenhuma, o Joshua é exemplo disso
Daniel Santos said…
Ainda gostava de saber que mal fizeram alguns e algumas, para as mães deles lhes terem chamado de Anónimo quando os foram registar em bebés.

"ó anónimo come a sopa".
"ó anónimo deixa a tua irmã".

Uma pena...

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