A MÁXIMA INDEPENDÊNCIA QUE URGE

«Correio de Lagos - Quais são os valores defendidos pela causa monárquica que não o sejam pela República?
D. DUARTE NUNO DE BRAGANÇA - Ouvi vários primeiros ministros, entre os quais os da Holanda e da Suécia, dizer que eram uma república e que os seus reis e rainhas eram os seus melhores defensores. Queriam dizer com estas afirmações que as chamadas conquistas republicanas do princípio do século XIX já existiam nas monarquias ou que, hoje em dia, estão nas monarquias europeias. Enquanto um presidente da república pode ser um homem excepcional, como o é o Prof. Cavaco Silva, tem sempre uma enorme dificuldade em manter a máxima independência devido à tendência do seu partido. Todos os presidentes têm por cima a carga de um ambiente partidário. A grande diferença na monarquia está na independência da chefia de Estado em relação às forças económicas, políticas e outras. Além disso, a sua manutenção por vinte ou trinta anos transmite conhecimento e estabilidade ao próprio Governo. E como podemos verificar, mesmo em Portugal, muitas vezes os presidentes da república são adversários do próprio governo. Ainda recentemente um demitiu o parlamento sem dar motivo nenhum. Como era boa altura para o seu partido ganhar as eleições, o Parlamento foi demitido. Isto mostra a diferença entre um Chefe de Estado independente e um chefe de Estado que vem do meio partidário. Já não vamos falar na América do Sul em que os chefes de Estado acabam por ser ditadores.»
Correio de Lagos

Comments

João António said…
Dúvidas ? Claro que isso não interessa aos poderes instituídos !
Abraço

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