FAMÍLIA E ESQUERDA

Notável e luminoso este editorial. A este tipo de considerações e congruência política não se chega, sequer se praticará por cá, sem um golpe de asa cultural: primeiro, urge varrer de cena gente sem pensamento próprio, a não ser o pensamento nos seus e em si mesma, segundo o directório narcísico terceiro-mundista da manutenção do poder a todo o transe, do sorver Orçamentos e do controleirismo unidireccional que consiste em defender que só a gente governamental sabe do que fala e age a bem de todos, mito desnudo, pelo menos em Portugal. Ora, pouco ou nada na nossa economia estrutura famílias, quanto mais as conserva intactas. Por exemplo, a emigração secciona famílias por longos meses ou anos e muita da frustração e violência adolescente prende-se com esse fosso aberto pela necessidade e pela oportunidade de emigrar, fosso accionador de sofrimento apenas compensado ou mitigado, e mal, pelos presentes caríssimos nas curtas estadas em família. Por outro lado, o velho seguidismo parolo português é bem capaz de maravilhas em ridículo e desajuste quando se põe a reflectir no que outros povos ousam e tenta aplicá-lo mediante a velha violência iluminada tão adorada entre os néscios nacionais. Quatro anos de Circo, Bolos e Bastonadas já bastam: «Dois: Estatística, sobretudo recolhida pelo notável trabalho de Paul Amato, professor de Sociologia e Demografia da Universidade da Pensilvânia, sublinha: famílias intactas produzem excelentes resultados no futuro das crianças (sobretudo quando esses resultados são comparados com os de crianças que crescem em ambientes familiares diferentes). As vantagens estão reunidas em vários textos do autor: melhor nível de vida, maior rede de apoio familiar e menores eventos com potencial disruptivo.»

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