BEM-AMADO PAPA

Enquanto, embebidos em Deus, rejubilávamos em extrema emoção a cada celebração com o Papa, outros pautavam os seus enunciados, mais mediáticos ou mais privados, pela mais torpe mesquinhez, com olhos repletos de mediocridade e de cegueira. Bento XVI, tal como João Paulo II, não será somente um homem que está Papa e que por via disso arrasta e arrebata turbas. Não por inerência da função, mas por razões de puro Espírito Santo, ele é dos poucos focos, senão o único, de unificação humana em torno da Rocha dos valores exigentes e do Caminho estreito que é a Pessoa Viva e Divina de Cristo. Toda a violência e toda a incompreensão perante essa serena Palavra devoram-se a si mesmas, anulando-se na própria miséria e no ridículo ódio ao que é santo. Nesse papel indelével de unificador, Bento XVI será sempre, conforme é, um Bem-Amado da Humanidade. Por contraponto e à revelia do que deveria ser, vemos a sem-vergonhice política, o descaramento e a treta ofensiva dos moderneiros abortófilos do nosso tempo e da nossa Praça que não passam de pântano em trânsito para o Nada. O Pântano hoje é extenso e é total porque conjuga a lei do mais forte com a imoralidade das assimetrias escandalosas da riqueza retida e não distribuída, o vale-tudo político, o jogo desonesto de mentiras e desprezo pela inteligência das pessoas. Pode-se viver e governar com torpezas e injustiças à garupa de Passos Coelho e à garupa do Povo inerte e néscio perante quem o engana e explora. Pode-se ser Poder, privilegiando o próprio estômago, viver de palhaçadas e números de Circo, enquanto se sonega a verdade dos números e o realismo em face dos factos da economia. São sinais do Lixo Frívolo que nos  desgoverna, desrespeita o Sagrado e o fundamental desígnio de serviço às pessoas deturpando-o em manipulação e demagogia em doses nunca dantes segregadas. Transitará igualmente em pó a seu tempo. A Igreja não pertence à ordem das iniciativas humanas. 

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