USINA DE MÁRTIRES
Além de mais que certo campeão, num trajecto em muitos casos abrindo caminho com os cotovelos ou manuseando delicadamente os hashi-pauzinhos chineses do favorecimento protector no Sistema, o Benfica arrisca-se à sagração como suprassumo do martírio. Nada melhor, para ajudar à festa, que o estigma aposto aos portistas de arruaceiros e maus perdedores, que partem vidros e odeiam vermelhos, como se não houvesse vermelhos da mesma safra violenta e insurrecta. No meio da abomimável insurdescência geral, triunfo do bute, apatia incapaz de discernir quem nos dana e condena, factos menores caem que nem ginjas aos media ociosos.
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