TÓ ZÉ SEGURO E BENIGNO
Como um fruto passado, coberto de fungos, prestes a cair da árvore, Sócrates está dependurado precariamente há muito, preso com alfinetes, atado com clipes e fita-cola. Não poder contemplá-lo com uma vassourada exemplar! Inflado de si, eticamente nulo, suportá-lo é um desafio nacional. Gera asco ver uma tal insensibilidade traiçoeira, uma vaidade tão asquerosa, que não perde oportunidade para espetar facas de deslealdade nas costas mansas de quem nem sequer o hostiliza ou nomeia, como o Pobre Passos Coelho. Até quando? Até quando suportaremos gente reles, zombeteira do cidadão comum, trocista do valor simbólico com que políticos e lobistas devem dar o exemplo, incapaz de atacar a Despesa Corrente, de extinguir os velhos tachos do Regime, velharias com que se depreda há décadas um Povo e um País?! É, por isso mesmo, com todo o agrado que vejo o Tó Zé Seguro declarar-se como Futuro, Resposta e Alternativa ao bafio mais rasca que a Política Nacional engendrou. Homens como ele nunca foram tão urgentes.
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