PRIORIDADE SACANA
Estar desempregado é um estigma dos mais cruéis e qualquer um que tenha passado por isso pode testemunhar o desejo de saída e salvação, a busca de dignificação pelo trabalho. O Sistema destrói emprego ao mesmo ritmo com que mecaniza a produção e maximiza os lucros. Custa, por isso, que os olhares censórios se vertam contra o desempregado e as míseras migalhas que recebe, quando o mal que nos diferencia dos demais europeus radica antes de mais em décadas de irresponsabilidade política, na deriva gastadora e dissipatória dos que nos apascentaram até ao presente. O apoio social dispensado ao holandês, ao francês, quando desempregado ou vítima de um qualquer incidente incapacitador, é incomparável nos seus países. Ter o PS e PSD começado pela castração cínica do desempregado para assim supostamente combater o défice, para assim supostamente debelar a dívida, a Crise, não passa de um acto sacana. Sacana porque entretanto os Bancos continuam a pagar menos impostos que qualquer outra empresa; os gestores continuam a automimosear-se com bónus milionários; as mais-valias bolsistas dos grandes investidores permanecem isentas de imposto; nada se faz para socializar e civilizar fortunas de biliões que se acoitam em offshores isentas de impostos. Coragem é isto: dar caça ao desempregado "ocioso" e subtrair da despesa irrisórios milhões ao Orçamento nesse domínio. E se se subtraíssem os largos milhões de desperdício com boys e tachos?! Não. Fazê-lo, só em Espanha. Por cá é muito complicado, nem se toca no assunto. Silva Lopes não o diz. Vitor Bento não refere. E o Primadonna está "confiante" na canga imposta aos escravos. Os escravos quanto mais esmagados mais cooperam sem sombra de insurgências gregas.
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- Mata da Costa: presidente CTT, 200 200,00 ¤ (são cerca de 450 salários mínimos nacionais)
- Carlos Tavares: CMVM, 245 552,00 ¤
- António Oliveira Fonseca: Metro do Porto, 96 507,00 ¤
- Guilhermino Rodrigues: ANA, 133 000,00 ¤
- Fernanda Meneses: STCP, 58 859,00 ¤
- José Manuel Rodrigues: Carris, 58 865,00 ¤
- Joaquim Reis: Metro de Lisboa, 66 536,00 ¤
- Vítor Constâncio: Banco Portugal, 249 448,00 ¤
- Luís Pardal: Refer, 66 536,00 ¤
- Amado da Silva (ex-chefe de gabinete de Sócrates): Anacom, Autoridade Reguladora da Comunicação Social, 224 000,00 ¤
- Faria de Oliveira: CGD, 371 000,00 ¤
- Pedro Serra: AdP, 126 686,00 ¤
- José Plácido Reis: Parpública, 134 197,00 ¤
- Cardoso dos Reis: CP, 69 110,00 ¤
- Vítor Santos: ERSE, Entidade Reguladora da Energia, 233 857,00 ¤
- Fernando Nogueira (este não é o ex-PSD que se encontra em Angola): ISP, Instituto dos Seguros de Portugal, 247 938,00 ¤
- Guilherme Costa: RTP, 250 040,00 ¤
- Afonso Camões: Lusa, 89 299,00 ¤
- Fernando Pinto: TAP, 420 000,00 ¤
- Henrique Granadeiro: PT, 365 000,00 ¤