MOTA SÁURIO AMARAL

Mota Amaral, a par de Manuel Alegre, constitui uma espécie de buraquinho negro misterioso no Parlamentarimo rançoso português. Não se dá por ele. Os anos vão passando. Colecciona uma aura de virgindade impoluta. E, afinal, pôs a mão por baixo à insuportável podridão que medra por Lisboa. Protege o Primadonna. Deu o corpo às balas por ele e pelo grupelho de cromos ávidos, enclavinhados ao Poder num desespero na verdade mortífero para Portugal. Respondendo por carta à missiva que o coordenador do grupo parlamentar do PSD na comissão lhe enviou ontem, João Mota Amaral reitera a sua oposição à utilização do conteúdo das escutas na CPI e volta a justificar a sua decisão com recurso a normas da Constituição, o que é uma vergonha, tendo em conta o artifício do que é invocado. Os tempos vão rapaces, tristes, pardos. Paira sobre nós o abutre da pobreza mediada pela Mentira e a Incompetência dos políticos. Mas há sempre um nome que salta da cartola regimental para calcar aos pés o que resta das nossas aspirações por transparência na vida pública. Nomes como, surpresa das surpresas, Mota Sáurio Amaral. O que o entalará, para assim trair os cidadãos? Com que factos o chantageiam, para assim insistir na sua tese artificiosa contra as decisões do procurador-geral da República, do juiz de instrução criminal, António Gomes, e do procurador da comarca do Baixo Vouga, Marques Vidal?! Se Nenhum dos três magistrados invocou qualquer inconstitucionalidade neste processo de disponibilização dos documentos, qual é então o problema?! Sim, já percebemos: o problema é estar Portugal sufocado sob a manápula crápula do socratismo. Rédea solta também a deram aos piores escroques do século XX que nos fizeram, humanidade, beber o cálice mais hediondo até ao fim. Não se mexam, não.

Comments

Anonymous said…
Amigo:

A resposta às questões q coloca é simplesmente, maçonaria.

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