DE DUAS CLIQUES, A KHADAFIANA
Na questão líbia, o "Governo" de Portugal pode bem limpar as mãos à parede, especialmente Luís Amado, ministro dos Negócios Estrangeiros português, e todos quantos enterraram milhões nessa aposta sem futuro, sem presente, sem ética. Na sofreguidão por qualquer coisa de compensatório em duas legislaturas de grande proventos clientelares e grosseiras perdas alheias, as nossas, nada como o exercício de pseudo-esperteza e agilidade caixeiro-viajantes: para o Primadonna qualquer coisa servia. Uma tirania, duas, três. Os contactos fizeram-se sem olhar a quem. Ainda se ensaiou a Rússia que veio estagiar a Lisboa com uma comitiva de alto coturno e o resultado auspicioso de ter fodido algumas putas caras na respectiva movida. Depois China, Chávez, Líbia. Mais de 250 líbios mortos depois, o que tem este Governo a dizer? Pouco. A medo. Digno de absoluto desprezo. Para Amado, do que o regime libanês precisa não é de uma liminar e inequívoca condenação, mas de «uma espécie de plano Marshall.» Enquanto a clique de Khadafi mata por grosso e rapidamente: reprime, metralha, esmaga, usa snipers, mercenários, bombardeia aglomerados de manifestantes; pelo seu lado, como desde há seis anos, a clique socratista-socialista pulveriza a verdade com o respectivo massacre aos factos, divide para reinar. Duas cliques, a kadhafiana e a socratista, o mesmo veneno, a mesma merda, diversos graus de um mesmo Mal Absoluto. De ambos não ficará pedra sobre pedra.
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