MAGANÕES

Com um olho no ambiente político tenebroso que lhes aperta o cerco, sob a ameaça da tal moção de censura, tudo é possível aos maganões do Governo: dar dois passos em frente e dez atrás. Dou, porém, plena razão aos representantes das chamadas escolas "privadas" ou ensino "particular". O spinning propagandesco, quando lhe deu jeito, pôs a correr a ideia da injustiça do seu financiamento, como se a maior injustiça de todas não fosse o comissariado político nas EPs, nos institutos e tretas criadas para a boyzada. De repente, acordam e lembram-se do que é justo ou injusto: «Se é inevitável para o Governo fazer cortes, para nós era necessário garantir que estes se fizessem de forma faseada, para que as escolas se possam adaptar. E isso está consagrado no acordo.»