O FIM DO FUTURO
«Era verdade: a minha geração viveu e vive muito melhor do que a dos seus pais. E eles já viveram melhor do que os pais deles. Mas quando olho para a geração dos meus filhos, e dos que são mais novos do que eles, sinto, sei, que já não vai ser assim. E não vai ser assim porque nós estragámos tudo – ou ajudámos a estragar tudo. [...] Esta geração nunca se revoltará, como a geração de 60, por estar “aborrecida”, ou “entediada”, com o progresso “burguês”. Esta geração também não se mobilizará porque… “talvez foder”. Mas esta geração, que foi perdendo as ilusões no Estado protector – ela sabe muito bem como está desprotegida no desemprego, por exemplo… –, habituou-se também a mudar, a testar, a arriscar e, sobretudo, a desconfiar dos “instalados”.» JMF
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Legislaram para si benefícios generosos; reformaram-se com poucos anos de serviço; ocuparam e saquearam serviços e empresas públicas; empaviaram os subsídios da CEE; entraram para partidos corruptos, e hoje o país encontra-se à beira da bancarrota depois de duas ou três décadas de orgias de gastos públicos e de gestão propositadamente danosa.
Goste-se ou não do actual PM, José Sócrates, ele já anda desde 2005 a cortar nos «privilégios nobiliárquicos» duma classe politica corrupta e dos «direitos adquiridos» duma geração que fugiu à guerra e que pichou o país de lés a lés, e mesmo assim está dificil chegar ao fim.
Quando Sócrates quer cortar nos privilégios e na chulança pública, logo aparecem os representantes das corporações com vendettas ao Sócrates.
Uma das coisas que Sócrates devia fazer era revogar todas as reformas douradas, politicas e de favor que estão em vigor.
Em seguida , tentar reaver junto dos accionistas e juntos dos que saquearam o banco nacional dos pulhas, todo o cêntimo que foi surripiado.
Só assim poderemos ascender ao nível das nações decentes e civilizadas!
Não mais «coelhadas»!
- Fim do ensino técnico-profissional (não podemos nem devemos ser todos médicos ou Engenheiros);
-Falta de uma aposta clara no ensino (facilitismos não levam a nada…);
-Incentivar a iniciativa privada, o empreendedorismo e especialização e formação contínua dos quadros;
-Acabar progressivamente com os monopólios estatais e a favor das empresas do regime;
-Mudar o paradigma cultural da população de que tudo é dado, não há custos e que podemos trabalhar sem organização, sem inovação e sem visão;
Portugal e os portugueses têm valor, vê-se na nossa diáspora espalhada pelo mundo que muitas vezes chegou a países sem saber falar a língua e nessa mesma geração alguns triunfaram na vida. Para terminar, acho que um futuro melhor só com muito menos Estado, acabar com os entraves à criação de negócios, mudar para uma legislação laboral igual para todos (isso sim é justiça!), privatizar os serviços do Estado que podem ser privatizados (serviços prestados pelas câmaras, Energia, Telecomunicações, Transportes, etc) e trabalharmos todos muito mais e em conjunto para um futuro melhor para todos.
Pedir ao maior responsável pelo buraco imenso financeiro em que Portugal ainda vai mergulhar, é o mesmo que pedir a um amputado das duas pernas que corra.
Isto só muda quando a maioria dos portugueses entender que o Estado não faz nada. Que o Estado apenas rouba (porque tem armas) a uns, para dar aos amigos que sustentam o poder. E quando quando os segundos já são a maioria, como acontece agora, então é sinal que a festa acabou.
A culpa na verdade é única e exclusiva dum sistema político que pôs o Estado ao serviço de uma suposta elite que, para se governar economicamente, desgovernou este país.
A tríade banqueiros, empresas de construção civil e grandes escritórios de advogados, corromperam os políticos para olharem para o lado enquanto saqueavam os impostos dos contribuintes e as remessas da CEE.
Este dinheiro fácil levou aos investimentos sem risco na compra das EDPs, Galps, PTs, Brisas, e a investimentos desnecessários para encher os bolsos a algumas Mota Engil deste país.
Naturalmente que os investimentos com algum risco, como por exemplo, a renovação da indústria textil, do calçado, na metalomecânica, nos moldes, nos componentes electrónicos e na transformação de matéria prima nacional ficaram na gaveta ou foram feitos por quem não tinha capacidade financeira para os potenciar.
E mesmo que tenham sucesso nestes empreendimentos, como não têm o suporte da banca e dos grandes lobies dos partidos do alterne, são obrigados a suportar impostos de caixão à cova, para produzirem têm de pagar à EDP balúrdios pela energia de má qualidade, para exportarem os produtos que fabricam têm de pagar os combustíveis a preços nas nuvens e circular e transportá-los em auto estradas com custos de luxo.
Pois são estes investimentos que geram o maior número de empregos e o maior número de exportações!
Pode, por exemplo, o Berardo ser acusado de não investir na indústria de produção dos chamados “bens transacionáveis” se ganha milhões na especulação bolsista sem qualquer risco?
Quem foram os responsáveis pela implementação desta política que destruiu o tecido produtivo português e que não permite a sua reconstrução impedindo o crescimento económico deste país e a criação de empregos de qualidade e com salários mais justos?
Foi toda uma geração ou foram só alguns como o Mário Soares, Cavaco Silva e a sua quadrilha de futuros malfeitores, Durão Barroso, Vitor Constâncio, José Sócrates e o seu bando de abutres, António Guterres, Pina Moura, Durão Barroso, Teixeira dos Santos, etc.?
E com isto não pretendo ilibar “Este povo não presta” de Luís Manuel Cunha, que votou nesta escumalha, pois foi enganado por uma comunicação social e pelos fazedores de opinião bem conhecidos que vivem nesta lama como o peixe na água.