MENTIR COMO GRIPE. MENTIR COMO ASPIRINA

Nos tempos do socratismo, a mentira ofendia a inteligência dos mais atentos, praxis transversal e visceral dessa deriva de loucura sanguessuga. Era uma mentira tão evidente, tão frequente, que se tornou absolutamente intolerável, fonte de todos os escândalos e ascos. Nestes tempos de apocalípticas medidas do Governo Passos, de intervencionismo externo, de austeritarismo pelo austeritarismo troykesco, também se mente. E muito. Admito até, com facilidade, que o Governo Passos minta, engane, e exerça o múnus da treta pré-eleitoral inteiramente oposta à treta pós-eleitoral. Mas os efeitos são inteiramente outros. Em vez de desprestigiados e envergonhados pelo portunhol abominável de Sócrates e pelo derrapar do défice e da dívida de Sócrates, somos elogiados pelo caminho empreendido pelo Governo Gaspar/Passos, o que se repercute em estabilização de juros para alívio e folga das costas nacionais de um pau que vai mais e volta menos. O desvio colossal do socratismo existe e explica-se. Para ser explicado, dada a sua complexidade, seria preciso algum tempo e detalhe para ser devidamente identificado: é Dívida, ponto. Uma dívida progressiva e traiçoeira. Gaspar, o excelente ministro das Finanças que vamos tendo disse, e bem, na Assembleia da República que Portugal terá de pagar cerca de 700 milhões de euros em comissões à Troyka e a Troyka desdisse esse valor do ministro das Finanças, asseverando que essas comissões ficariam pelos 400 milhões de euros. So what? Se se amortizarem dívidas, se caminharmos a passo de lebre para o fim dos défices e o dinheiro ficar para o que interessa, qual é o problema?! Os camelos da politiquice e da assessoria demoníaca socratista querem sangue. Não querem a resolução dos problemas que criaram, mas atrito e ruído. Nós, os cidadãos de um Estado Traído pela Omertà e a Súcia Socratista, lutamos por uma Governação Impoluta, Limpa, Cumpridora da Palavra, Pagadora em Tempo Decente, Sóbria, Transparente, Escrutinada. Os indecentes assessores desempregados do socratismo querem jornalistas interessados em esclarecer o apregoado rigor com que Vítor Gaspar trabalha os números. Não me canso de o dizer: que refinados filhos da puta! Eles que mentiram como uma praga de gafanhotos sobre as nossas contas públicas e assolaram o erário como uma gripe fatal de dívida perdulária e inconsequente, não largam as canelas de quem mente, sim, mas como a aspirina que nos poupe a novos vexames e novas equiparações fatais e mortíferas à Grécia! É um esforço imenso que tem de ser feito.

Comments

Zé Luís said…
FDP. Nem mais!
floribundus said…
os ratops dormem em almofadas de brocado.
os pobres caem aos bocados.
os xuxas andam desbocados no 'post-mortem'
Anonymous said…
A sua objectividade analitica é assombrosa !!! Dava pena se o levasse a sério.

JR
HRoque said…
CAro Joshua,
Será mesmo convicção sua, a de tão refinada opinião relactiva a Vitor Gaspar?
Analisando a teoria económica e fiscal de tal figurino e diria sem qualquer hesitação que estamos perante um fervoroso discípulo de Milton Friedman, o BANDIDO nobel.
Creio que o povo chileno teria algo de muito concreto a dizer sobre a temática em apreço.
Quanto à cambada de criminosos do xuxalismo, nada mais a acrescentar ao que escreveu. Quer dizer, haver até há, mas pode resumir-se a: filhos da puta.
Aventaleiros do caralho

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