A BESTA QUE RI
Há momentos, vi a Besta a sorrir muito e a falar de auto-estima a propósito da eleição de Portugal para o Conselho de Segurança da ONU. Era uma reportagem televisiva logo a seguir regada com mais um momento lustroso, despesista e mordomista ANACOM, onde tudo é escandalosamente exemplar do caminho desbragado anti-cidadão, anti-contribuinte, seguido até aqui. Já não há homens. Já não há balas. Apanham as mulheres. Apanham os velhos. Sofrem as crianças. E os que fingem governar, enquanto não passam de garantes de ganho dos seus e para os seus, vêm ainda, no seu execrável despudor, rasgar sorrisos torpes diante das TVs, rir escarninhamente na nossa cara, na nossa fome, na nossa desesperança e precariedade, troçando derradeiramente da má sorte geral apascentada por eles mesmos, nada mais que abomináveis bestas rapaces, súbditos da Grande Besta que espezinha Portugal com o seu esgar impunitário.
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